Conspiração Total

Capítulo VII: Será Que Tudo Acaba Aqui?

 

EUA, Las Vegas, 25 de Julho de 1990

 

– Nossa, como está quente! – exclamou Kim.

– É pai... Vou lá no bar, quer alguma coisa? – perguntou o filho Hwoarang.

– Sim, quero uma cerveja!

– Certo...

Hwoarang caminhou pelo grande cassino, onde observava seu oponente lutando, e se encaminhou para o bar. Hwoarang já estava na final, e isso já estava se tornando comum pra ele. Ainda mais quando Kaneda não estava lutando. Hwoarang observou o boxeador acabando com o outro lutador. O boxeador venceu com certa facilidade, e seria o oponente de Hwoarang na final. A multidão não parava de gritar, ensandecida.

– BALROG! BALROG! BALROG!

 

Enfim Hwoarang chegou no bar:

– Ei, barman!

– Ahn? Ah, é você rapaz! O que deseja? – disse ele, sendo educado.

– Bom, quero uma cerveja e...

– Ah, finalmente! Já faz dois dias que está aqui e só pede coca-cola! Até que enfim algo mais quente!

– Uma cerveja e uma coca! A cerveja é pro meu pai! – disse Hwoarang, com um sorriso irônico no rosto.

– 'Tá certo. – disse o barman, um pouco sem graça.

Hwoarang voltou, mas quando chegou em Kim a lata de coca já estava vazia. Seu pai agradeceu e abriu a cerveja, bebendo-a rapidamente. Com certeza estava muito calor mesmo!

– Você viu, filho? – perguntou Kim, após amassar a lata vazia e jogar no lixo.

– A luta?

– É...

– Ah pai, ele não passa de um exibicionista!

– Tem certeza do que diz?

– Claro! Você vai ver como melhorei, pai!

– Gostei! – Kim sorria com a confiança do filho.

 

Enquanto isso, já é dia 26 no Hospital Central de Tóquio, Japão

Kaneda finalmente pôde abrir os olhos, depois de três dias de coma. Sua visão ainda estava embaçada, mas pôde ver Iori deitado na cama ao lado. Conseguiu colocar as idéias no lugar, e se lembrou dos tiros, do atentado. Concluiu que estava num hospital. Olhou para o outro lado – a esquerda – e viu Chun Li, de pé, conversando com um médico.

– ... mas eles ainda vão demorar pra acordar? – a linda chinesa perguntou.

– Não sei... É um milagre que estejam vivos. Esses rapazes são muito resistentes! Só não entendo porque a polícia não pôde ser avisada, moça.

– Olha doutor, isso é assunto interno da Interpol, portanto não seja curioso!

Ch. .. Chun Li!

A voz rouca de Kaneda assustou todos, que olharam rapidamente para ele. Com certeza estava muito ferido. Chun Li, preocupada com o amigo, o abraçou. Ela derramou algumas lágrimas. Chun Li é forte, é uma guerreira, mas embaixo dessa armadura há apenas uma garota que precisou crescer cedo demais.

Iori, que acabara de acordar, também teve as mesmas conclusões de Kaneda. Ele, ao ver a chinesa abraçada com o amigo, não conteve a frase irônica, mesmo tão ferido:

– Agora entendo os ciúmes de Key, hehe!

– Iori?! – disse Kaneda, assustado.

– É, parece que não estamos podendo comemorar, não é Kaneda?

Chun Li então se levantou. Ela estava um pouco desconfiada. Não era o repentino despertar de Iori, e sim o que ele disse. O que estava tentando falar?

– Iori, o que quis dizer com isso? – perguntou a chinesa.

– Ah, pergunta pro Kaneda, hehe!

– Ah, deixa isso pra lá... – disse Kaneda.

– Kaneda, o que está acontecendo?

– É que a Key tem ciúmes de você... Pensa que temos alguma coisa.

– O quê?! – o susto quase a fez cair no chão.

– É, depois de ver isso eu também entendo, hahahaha! Ugh! Rir dói... – Iori não se continha.

– Cala a boca, Iori! – Kaneda parecia não gostar da brincadeira.

– Mas Kaneda, eu sempre quis ser sua amiga, nada mais que isso!

– Eu sei disso, Chun Li. Eu também só quero sua amizade, apesar de ser difícil segurar, haha.

– Não acredito! O Kaneda fez uma brincadeira! Vai chover! Hahahahahaha! – Iori nem parecia ter acabado de sair das portas da morte.

– Daqui a pouco eu vou levantar daqui só pra te arrebentar, hein Iori! Mas, como eu estava dizendo Chun Li, somos apenas duas pessoas que têm um ideal em comum. Eu não sei de onde a Key tirou essa história!

– Bom, quando eu a ver de novo terei um conversa com sua namorada. Mas por hora, descansem. Ryuji está vindo pra cá, e a missão vai começar quando estiverem prontos. – finalizou Chun Li.

– Só mais uma coisa: o que a Yakuza pensa de nós? Eles sabem que estamos vivos? – perguntou Kaneda.

– Não... Saiu nos jornais que dois jovens não identificados foram encontrados mortos. Eles pensam que são vocês. – Chun Li enfim sorriu.

– É bom saber... – disse Iori, com um malicioso sorriso no rosto.

 

EUA, Las Vegas, Madrugada de 26 de Julho

 

A multidão não parava de gritar o nome de Balrog. Isso amedrontou um pouco Hwoarang, que ao olhar para Kim que acenava com a mão direita – um sinal de positivo – ficou confiante novamente. Balrog começou a mostrar os músculos e insultá-lo. O juiz finalmente autorizou.

Balrog partiu pra cima de Hwoarang com um dos seus golpes mais famosos: o Soco com Corrida. Ele atravessou toda a distância que os separavam e acertou um soco no braço de bloqueio do rapaz. Hwoarang apenas riu, e subiu no ar acertando-o com seu Dankuukyaku. Balrog levou três chutes, e o terceiro o derrubou longe no chão.

– Esse cara não é de nada; só tem tamanho! – disse o coreano.

Mas Balrog não estava tão ferido assim como Hwoarang imaginava. Ele se levantou e desferiu em Hwoarang um poderoso soco, que ele já estava concentrando há algum tempo. O coreano foi jogado no chão, e ficou totalmente perdido, tonto.

– E então, qual é a sensação de comer meu Soco Preparado? – perguntou Balrog, com algum sadismo.

Ele pegou Hwoarang pelo ombro e começou a dar cabeçadas nele. Uma, duas, três... Balrog já tinha a vitória como certa quando Hwoarang se soltou. O coreano deu um pequeno salto para trás, já preparando um golpe. Balrog tentou acertá-lo com seu Soco Preparado novamente, mas Hwoarang foi mais rápido e acertou-o. O coreano subiu no ar, dando um chute pra cima com sua perna direita, para completar o seu Chute Voador. O golpe acertou em cheio, e Balrog ficou tentando se levantar.

– Venha, levante pra apanhar! Não te baterei nessa posição ridícula! – falou Hwoarang enquanto limpava o sangue em volta de sua boca.

– Aaaaahhh, você vai pagar!

Balrog acertou Hwoarang com seu Gancho com Corrida, uma forma de Soco com Corrida com um uppercut ao invés de direto. O soco acertou, mas Hwoarang apenas sorriu, com mais uma linha de sangue escorrendo de sua boca. Ele levantou a perna e acertou Balrog com um chute duplo, numa perna e na face. Depois do chute ele ficou com a perna preparada, na posição do flamingo.

– Agora o flamingo vai acabar com você!!! – gritou Hwoarang, ensandecido.

Balrog usou novamente seu Soco com Corrida, mas Hwoarang o atingiu primeiro com seu Chute Tesoura. O coreano deu uma cambalhota no ar e acertou a cabeça de Balrog com dois chutes, um de cada perna. O boxeador caiu novamente. Enquanto tentava ficar de pé, Hwoarang ainda mantinha a perna do flamingo preparada.

Balrog se levantou, e com um longo grito tentou socá-lo. Mas Hwoarang apenas deu um leve chute em sua face. Ele tentou se defender, mas não teve tempo. Balrog caiu depois do chute, para não se levantar mais.

– ...

– Foi para isso que me chamaram até aqui? Bah, isso não teve nem graça! Vamos, narrador, anuncie logo minha vitória.

– Ah, desculpem-me... E O VENCEDOR É... HWOARANG!

O coreano desceu da arena e foi cumprimentado pelo pai, Kim. Ele parecia preocupado com a confiança extrema do filho. Mas logo Hwoarang se explicou.

 

– Lutadores desonrados devem pagar na mesma moeda, pai. Ele me bateu enquanto eu me recuperava do seu golpe, e isso quase me custou a vitória! Eu já sabia que podia vencê-lo, mas depois disso que ele fez, ele mereceu ser humilhado!

– Ah, agora entendo, filho. Mas e então, quando voltamos?

– Pra Okinawa?

– É...

– Vamos quando amanhecer, pai. Não é bom que o dojô fique sozinho.

 

Japão, Tóquio, 27 de Julho

 

Era mais um beco escuro, como outro qualquer. Mas estranhamente o velho prédio que ficava à esquerda do beco rapidamente se transformou numa bela e grande construção. Como isso podia acontecer? Era óbvio, a Yakuza usava o beco para despachar carregamentos, e gastavam o dinheiro sujo nas constantes reformas do prédio, que se destacava dos demais. Esse era apenas um de muitos.

– Prontos? – perguntou Chun Li.

– Sim! – disseram Kaneda e Ryuji.

– 'Tá certo. Então nos encontramos lá em cima, certo?

– Sim, Iori. Boa sorte pra vocês!

Chun Li entrou no prédio, totalmente disfarçada. Ela se passava por uma perfeita yakuza, o que despertou o riso dos rapazes. Logo eles começaram a escalar, mas Ryuji foi o primeiro. De lá de cima, ele jogou uma corda e Kaneda e Iori puderam subir. Eles não sabiam qual era a sala, e por isso Chun Li iria primeiro.

Chun Li chegou na sala, e sentou-se.

 

– Oi, senhora Otsu. – a voz era firme e rouca. O homem se virou, revelando um velho japonês com uma cicatriz na face.

– Oi. – respondeu Chun Li.

– Então a senhora veio de Osaka, certo?

– S-sim!

– Prazer, meu nome é Aoki Kizaemon.

– Prazer, senhor, sou...

– Otsu Hikari... Só estranho uma coisa, senhora Otsu. Por que meu irmão Shoda a enviou?

– Pra isso!

 

Chun Li se levantou, pegou o cinzeiro na mesa e jogou contra a janela que se quebrou. Desde que entrou ela ficou procurando por algo pra jogar, e ela não podia simplesmente jogar a mochila que carregava, pois tinha algo muito importante.

Do lado de fora, Kaneda, Ryuji e Iori foram rapidamente para a janela que se quebrou. Esse era o sinal! Quando eles chegaram lá dentro, a situação estava um caos. Chun Li lutava contra vários homens, incluindo o próprio Aoki!

Kaneda, Iori e Ryuji começaram a ajudá-la. Vários golpes eram trocados, e muitos homens começaram a entrar. A sala já estava cheia demais, e a luta não teria um bom final para Kaneda e os outros. Chun Li conseguiu apanhar a mochila que estava no chão, e se esquivou um pouco da batalha.

– Kaneda! É a hora! – ela disse.

– Certo! Vamos embora!

Ao ouvirem isso, tanto Kaneda como Iori e Ryuji saltaram pela janela. Eles se agarraram nas cordas que tinham deixado amarradas. A queda de 30 metros não seria muito boa. Chun Li tirou uma bazuca da mochila e armou-a. Ela ainda acertou mais alguns chutes e enfim saltou pela janela, não sem antes disparar o projétil. Chun Li ativou um mecanismo e um corda saiu de um objeto em sua mão. A corda foi para cima e se prendeu na parede do prédio, salvando-a.

Foi uma grande explosão na sala. Ela fez um sinal para Kaneda e todos voltaram para lá alguns segundos depois. Kaneda agarrou Aoki e desceram com ele, que agonizava.

 

Após algumas horas, Kaneda estava impaciente enquanto Chun Li interrogava Aoki no quarto do hotel. 'Calma, Kaneda!', dizia Ryuji. Enfim ela saiu. Chun Li jogou um papel para Ryuji, e pegou o telefone.

– Alô... É a Chun Li!... Isso... Venham buscar logo o corpo!... Estou indo acabar logo com isso!... Vamos? – disse ela, enfim desligando o telefone.

– Interessante... Eu já estive nesse lugar, mas nunca achei que fosse onde ficavam os chefões! – exclamou Ryuji.

– E Aoki? – perguntou Iori.

– Morreu... Estava um trapo. Vamos logo!

 

Já era noite. Kaneda, Iori, Ryuji e Chun Li observavam o restaurante. Com certeza era muito bem disfarçado. Enfim entraram. O coração de Kaneda batia muito forte. Mas o de Iori ainda mais. O fogo ardia nesse filho dos Hakushu, e ele só pararia quando o assassino de seu pai estivesse morto.

– Parados, Interpol! – disse Chun Li.

Os muitos homens que ali estavam rapidamente cercaram os quatro. 'Vai começar!', disse Iori. 'Eu sabia que não se entregariam', completou Chun Li. Os seguranças começaram a lutar com os jovens, que os abateram rapidamente. Kaneda e Iori tentaram ir correndo até a sala secreta depois da cozinha, como tinha dito Aoki.

Mas ninjas apareceram, interceptando-os. Eram cerca de dez. A luta de verdade começou. Chun Li acertou vários com seu Chute Furacão, o famoso chute em que ela fica de cabeça pra baixo e gira as duas pernas, acertando seus oponentes várias vezes. Ryuji também jogou vários shurikens nos oponentes.

A luta estava boa, mas os chefes já deviam estar fugindo. Kaneda e Iori sabiam que se eles se fossem, Chun Li e Ryuji não aguentariam os dez ninjas. De repente Chun Li caiu no chão, acertada por uma espadada. O outro ninja tentou decaptá-la, quando de repente:

– Dankuu... kyaku!

Os três chutes acertaram o ninja, mandando-o para a inconsciência. Era Hwoarang! Chun Li sorriu, aliviada. Ele ainda acertou mais um chute nos ninjas ao redor, mandando-os para longe. Kaneda e Iori apenas olhavam, sem entender nada. Como estava aqui?

– O que estão esperando? Vão logo pegar os assassinos de seus pais! – gritou Hwoarang para os dois.

 

Eles saíram correndo, e entraram pela sala, onde encontraram mais dois ninjas. Kaneda acertou um deles com sua salva de 5 bolas de fogo. Mas ele ainda o acertou com vários shuriken. Já Iori levou um rápido golpe de katana, mas jogou seu oponente longe com seu Soco do Dragão.

O oponente de Kaneda se aproximou, mas levou um Soco do Dragão. Seu corpo caiu desacordado no chão. Iori levou uma forte espadada, agora na perna esquerda. Ele, furioso, agarrou seu oponente e o arremessou contra a parede. O corpo a atravessou e revelou a sala secreta, onde os chefes tentavam fugir por uma porta aberta.

 

– Como você chegou até aqui, Hwoarang? – perguntou Chun Li, trocando alguns golpes.

– Depois que venci o tor... iá! – acertou mais um chute – Depois que venci o torneio, cheguei em Okinawa. Iá!

– E então? Kikouken! – ela nocauteou mais um com uma bola de fogo.

– Fiquei sabendo sobre a recepção que Kaneda e Iori tiveram, iá! E percebi que não era pouca coisa!

– Você chegou na hora certa! – disse Ryuji.

 

– E então, pensa que vai fugir? – disse Kaneda, acertando os três homens que tentavam entrar no carro com suas Bolas de Fogo.

Eles estavam muito assustados. Iori foi se aproximando. O que Kaneda mais sentia nesse momento era vontade de matá-los. Vontade de vingar seu pai e tirar as vidas desses homens. Mas ele começou a se lembrar de quem ele era. Começou a se lembrar dos ensinamentos de Takashi. E percebeu que matando-os se igualaria a eles.

– Eu tenho pena de vocês! – disse Kaneda, olhando para os três velhos que derramavam lágrimas no chão.

– Mas eu não fico só na pena não! – disse Iori, que começou a dar uma surra nos três.

Kaneda apenas observava. Ele não queria matá-los, mas uma parte de seu corpo não queria que Iori parasse. Iori ardia em chamas. Ele era o fogo em vida, e o fogo não para de queimar enquanto há combustível e oxigênio. O combustível de Iori era o ódio, e o oxigênio a fúria. Os homens, já ensangüentados, imploravam misericódia no chão. Iori sorriu sadicamente e preparou um soco contra o primeiro que morreria.

'Adeus!', gritou ele. Quando tentou atingí-lo, Hwoarang saltou sobre ele, derrubando-o no chão. Nesse instante Chun Li e Ryuji chegaram, vitoriosos da outra batalha.

– Sai de cima de mim, Hwoarang! Eu vou acabar com ele! – gritava Iori.

– Nada disso! Você quer se tornar um assassino?

– Kaneda, por que não o deteve? – perguntou Chun Li.

Ela olhou e percebeu que Kaneda derramava algumas lágrimas. A amiga o abraçou. Ryuji começou a algemar os chefões, que não paravam de chamá-lo de traidor. Hwoarang e Iori pararam de se debater e ficaram olhando Kaneda chorar. Iori se livrou de Hwoarang e tampou o rosto, chorando também. Esse talvez tenha sido o único momento que o coreano quis amparar Iori. Mas ele nada fez, ficou apenas observando.

 

Japão, Okinawa, 15 de Agosto

 

Estava um dia lindo e quente. Kaneda e Iori eram só alegria, enfim vingados. Todos almoçavam animadamente. Takashi, Kim, Kaneda, Key, Iori, Ryuji e Hwoarang. Enfim terminaram de comer, e algumas horas depois Kaneda trocava alguns golpes com Hwoarang. Iori arrumava as malas, pois pretendia voltar para Tóquio. Ainda queriam continuar como Street Fighters, mas já não queriam mais ser um time.

Depois da despedida, Iori já saía pela porta, quando foi surpreendido por alguém que tentava entrar. Era Chun Li!

– Vai pra algum lugar, Iori?

– Chun Li! Tudo bem?

– Pra dizer a verdade, não. Preciso ter uma conversa séria com você e com Kaneda!

 

Já depois de algumas horas, Hwoarang e Kim lutavam um pouco, enquanto Takashi dava alguns conselhos para Ryuji. E Key estava impaciente com a demora dos três.

– Mas que demora!

– Fique calma Key, ela não vai pular em cima do Kaneda não, hahahaha! Seu namorado não é o gatão do mundo não! – Hwoarang não perdia a oportunidade de ironizar.

 

Enquanto isso, na praça próxima ao dojô, os humores começavam a se alterar.

– Chun Li, chega de rodeios, droga! – exclamou Iori.

– Calma Iori. – disse Kaneda.

– Chun Li, conte logo o que veio contar!

– Bom, não foi por ordem da Yakuza que seus pais morreram.

– O quê?! – os dois se assustaram.

– Na verdade, eles tinham descoberto algo muito pior. Seus pais eram parceiros, mas ninguém na polícia sabia disso. Na verdade, eles eram agentes da Interpol infiltrados na polícia. Eles descobriram sobre a ligação da Yakuza de Tóquio com um grande império criminoso. Mas não tiveram tempo de descobrir mais nada. Esse império ordenou a morte deles e os yakuzas o fizeram.

– Do que está falando? Que império é esse? – Iori se exaltava cada vez mais.

– Esse império reside numa pequena ilha na costa tailandesa, mas atua no mundo todo. Reside num páis chamado Mriganka. Esse império se chama Shadaloo!

– Shadaloo?