Conspiração Total

Capítulo XV: O Fim do Torneio

 

Restos de Mriganka, Manhã de 23 de Abril de 1993

 

Todos olhavam pasmos para a figura de M. Bison. No seu pescoço, residia a cicatriz gigantesca deixada pelo golpe da espada de Iori. Kaneda e seus amigos se olharam assustados. Iori, no entanto, se levantou, sacando a espada.

– Já estou cansado disso! Vou acabar com isso já! – ele se levantou.

– Espere... Estou sentindo uma perturbação muito grande. – disse Ryuji, segurando-o.

– É verdade! Quem será? É totalmente Chi Yin! – disse Kaneda.

 

– Ih, ó o cara, aí! Diz que vem todo pomposo querendo interromper nossa lutinha, Ryu!

– Eu devo lutar a final! Lutem, e eu enfrentarei o vencedor de vocês, meus jovens. – disse M. Bison.

– Eu acho que você já interrompeu demais!

A voz veio de fora de ringue. Na verdade, ele já estava entrando na arena. M. Bison não percebeu, mas ao olharem, Ryu e Ken ficaram muito assustados. Era um homem muito alto e forte com uma face medonha e um fortíssimo Chi negativo. Seus cabelos vermelhos eram todos pra cima, como se ardessem em chamas. Usava um gi escuro.

– A-akuma...

– O que esse cara 'tá fazendo aqui? – perguntou Ken.

– Quem é você, e como ousa se intrometer no MEU torneio? – perguntou M. Bison.

– Humf, que piada.

 

– O que eles estão conversando? E quem é aquele cara? – perguntou Iori.

– Não faço a mínima idéia... Mas parece que Ryu e Ken o conhecem...

– É Akuma! – disse Ryuji. – Só não sei o que ele quer aqui... E isso está me perturbando, droga!

Kaneda, Iori e Sakura puderam perceber a mudança no Chi de Ryuji. Seus olhos também foram mudando, e até mesmo sua voz. Parecia estar se transformando. E sempre que isso acontecia, ele começava a se transformar numa besta, assassinando todos.

– Sakura, leve-o daqui! – disse Kaneda, num tom imponente.

– Mas eu quero ver a luta!

– Sakura, por favor!

– Seu egoísta!

 

Enquanto eles discutiam, na arena a outra conversa já estava no fim:

– Até mesmo o jovem discípulo de Takashi já o venceu. É uma piada!

– Fala de Kaneda? Ele teve sorte. E não chegou a me vencer! Mas você já falou demais, e vou acabar com você agora! – disse M. Bison, concentrando energias psíquicas nos punhos.

– Até que enfim feri seu ego. Se quer lutar, venha logo! – disse Akuma. – Mas essa luta terminará em um golpe!

– Você não deve lutar tão bem quanto sabe blefar, seu idiooootaaaa!

M. Bison partiu em sua direção com um Psycho Crusher. Akuma apenas se defendeu do golpe. A essa altura, os espectadores já estavam entretidos, e felizes com a idéia de poderem ver uma luta "bônus".

M. Bison continuou seu ataque com um Chute Tesoura. No entanto, Akuma foi mais rápido. O Mestre do Karatê dos Punhos Assassinos concentrou seu Chi. Na platéia, Kaneda e Iori (principalmente Iori) puderam se lembrar de Ryuji executando este golpe. Sakura ficou maravilhada e Chun Li muito assustada. Ryuji já tinha ido embora por conta própria.

Houve uma explosão. Do meio da platéia, Aka Zahn observava. Ele sentiu que seu senhor não venceria essa luta. Após a explosão, uma fumaça pairava sobre o lugar. Após algum tempo, puderam ver apenas M. Bison caído no chão. Ryu e Ken olhavam para o oeste, e Kaneda, Iori e Sakura faziam o mesmo, todos eles sabendo que Akuma fora nessa direção, sentindo o seu Chi.

– Sr. Aka Zahn...

– Cale a boca, idiota!

– M-mas... O... O patrão...

– Ele está morto! Vamos embora para os subterrâneos. Isso não ficara assim!

Eles e os seus poucos soldados sem alma (conhecidos por lá como Revenants) saíram sorrateiramente. Aka Zahn sentiu a morte de Bison pelo seu Chio, que praticamente se esfarelou. Na arena, uma confusão começava.

 

– O que é isso, Ryu? – disse Ken, se referindo ao papel que ele segurava.

– Não é nada... Nada não...

O papel foi deixado por Akuma. Ryu foi desafiado para uma luta no futuro. Um futuro distante. O narrador tentava acalmar todo mundo. Chun Li já não estava mais com os amigos, e agora observava o corpo caído de M. Bison.

– Também queria vingança, jovem chinesa?

– Ahn? – Chun Li se virou e viu Guile, outro Guerreiro Mundial.

– Contra o Bison...

– Ah, sim! A Shadaloo matou meu pai... E você?

– Ele matou um amigo meu... E quase me matou! – disse Guile, com um triste sorriso.

 

Cerca de duas horas depois, enfim a luta pôde começar. Antes disso veio a Interpol e recolheu o corpo. Iori já estava cansado de esperar. Ken "conversou" com os juízes em depois de muita luta conseguiram acalmar todo mundo. Começou a final do Torneio dos Guerreiros Mundiais.

– COMECEM!

– Boa sorte, Ken.

– Que vença o melhor! – disse o americano, sorrindo.

Ken partiu pra cima de Ryu com um chute. Ryu apenas de defendeu. O norte-americano seguiu com uma rasteira, mas Ryu foi mais rápido e o acertou com um poderoso Hadouken, derrubando-o no chão. Ken sentiu sua pele queimar, mas logo se levantou.

Ken se levantou com um uppercut, mas antes disso Ryu o acertou inúmeras vezes com o seu Chute Furacão. Ken ainda o acertou, mas foi um golpe fraco. Empolgado com os ataques anteriores, Ryu decidiu terminar tudo com um forte chute. Mas dessa vez Ken foi mais rápido. O Chi ardeu em seus punhos e ele jogou Ryu longe com o seu Dragão Flamejante.

– Shoryuken!

Ryu se levantou. Ken partiu para o ataque. O japonês apenas se defendeu dos seguidos socos e chutes. Ryu atacou com um rápido chute baixo, defendido dessa vez por Ken. 'Agora acabo com ele!', pensou Ken. Invocou o espírito do furacão e subiu aos ares com o seu Chute Furacão. Ryu concentrou suas forças no punho direito, mas antes poder atacar tomou vários chutes.

– Tatsumaki... Senpuukyaku!

Ken ainda descia do golpe quando Ryu o atacou. Seu poderoso soco atingiu Ken no estômago. Ryu subiu pelo céu como o dragão que dá nome ao golpe. Atacou com o seu Soco do Dragão.

– Shoryuken!

Ken caiu rolando. Não se levantou mais. Ryu olhou para o seu corpo inconsciente com tristeza. Seria muito melhor se tivesse durado mais, talvez eternamente. Ele cruzou os braços, indiferente à vitória. Algum tempo depois já estava partindo. No entanto, antes falou com Kaneda:

– Não pense que me esqueci de você, Kaneda.

– Hein?

– Nossa luta!

– Ah sim! – disse Kaneda, sorrindo de excitação.

– Para quando quer a luta?

– Olha... Que tal dia 1º?

– De Maio?

– Sim!

– Está certo. Estarei aguardando, Kaneda.

– Até mais.

– Até.

– Pa... Parabéns... Ryu! – disse Chun Li, sorrindo, antes dele poder se afastar.

– Ah... Obrigado... – disse ele, coçando a nuca.

Ryu se foi. Ainda era a hora do almoço. O helicóptero da Interpol aguardava. Chun Li e Kaneda observaram o discípulo de Gouken se afastando. Chun Li derramou uma lágrima.

– Por que ele é assim comigo, Kaneda? – perguntou ela.

– Ah, não fique assim! – ele colocou sua cabeça no seu ombro. – Esse é o jeito dele. Mas eu ainda vou juntar vocês dois. Ou não me chamo Kaneda! – ele sorriu.

– Só espero que não se juntem vocês dois! – disse Sakura, enciumada.

– Não acredito! A Sakura com ciúmes?! Vai chover! – caçoou Iori.

Era para Sakura rir. Mas não era Iori que costumava fazer essas piadinhas. Ela sentiu a falta de Hwoarang. Seus olhos se encheram de lágrimas e ela saiu correndo. Sakura viu Ryuji sentado sozinho e começou a conversar com ele.

– O que houve com ela? – perguntou Iori.

– Eu sei o que houve. Não foi culpa sua. – respondeu Kaneda.

 

Japão, Zona Rural, Noite de 1º de Maio

 

A noite estava bem fresca. Poucas nuvens dividiam o céu com a lua. Chun Li, observando Kaneda e Ryu se aquecendo para a luta, se perguntava se era certo ela ter vindo. Sakura apenas observava de seu lado, sentada. Outra pessoa ilustre também estava assistindo: Ken Masters! Fora os três, apenas o único juiz estava na arena.

– Espero que lutemos até o fim hoje. – disse Ryu.

– Eu também.

– Sinto uma calma em você.

– É natural. Sou um elementalista do ar. – respondeu Kaneda.

– É verdade. Boa sorte, Kaneda.

– Pra você também.

– COMECEM!

Kaneda fitou os olhos de Ryu. Ele não parecia concentrado. Ryu avançou. Kaneda, já esperando o ataque, concentrou muito Chi nas mãos e jogou seis bolas de fogo contra ele. Assustado, Ryu apenas se defendeu.

– Shinkuu... Hadouken!

Ryu saltou, usando um Chute Furacão. Kaneda apenas se defendeu. Ryu sentiu seu pé se ferindo ao se chocar com os braços de Kaneda duros como ferro! Kaneda tinha treinado no Maka Wara, e estava escondendo o jogo! Ryu tentou socar Kaneda, que concentrou seu Chi e congelou Ryu.

Ryu tentava se livrar do gelo. Kaneda, aproveitando o momento, usou seu Chi invocando os poderes do vento para... curar seus ferimentos! Com certeza, Kaneda já era um poderoso elementalista, além de hábil karateca. Ryu enfim quebrou o gelo.

– O que há, Ryu? – perguntou Kaneda.

– Como assim?

– Você está estranho... Parece desligado.

– Estou com alguns problemas. – Ryu olhou para Chun Li. A presença dela estava desconcentrando-o. – Mas isso não importa. Vamos terminar essa luta!

Kaneda estranhou a última frase. Ryu parecia mesmo perturbado. Ele concentrou seu Chi numa bola de fogo. Kaneda novamente não entendeu o inútil ataque a uma distância tão pequena. Mas avançou e socou-o. O golpe veio repleto de Chi. Já muito ferido, Ryu não resistiu.

– O vencedor é... Kaneda! Parabéns, Sr. Kaneda, é o novo Grande Mestre dos Street Fighters! – parabenizou o juiz.

– Muito obrigado... Mas não mereci... Não era o momento... Droga!

Kaneda saiu, transtornado. Sakura foi atrás dele. Ele levantou vôo e ela saltou, caindo nas suas costas. Ele queria ficar sozinho, mas a deixou ali. Kaneda foi para a pequena cachoeira, meditar. O juiz se foi. Chun Li estava ali, sem saber o que fazer. Ela pegou Ryu e levou-o para seu quarto, para cuidar dele. Ken a ajudou. Depois ele se despediu dela. Ken entendeu o que tinha acontecido e se foi. Ele se admirou com o senso de honra do jovem Kaneda.

– Kaneda, o que houve? – perguntou Sakura.

– Você não viu? Ryu não lutou direito... E tudo por minha culpa, droga!

– Do que está falando?

– Eu trouxe a Chun Li para que os dois ficassem juntos, mas ele se desconcentrou e se tornou uma presa fácil! Eu sou um idiota mesmo! – Kaneda abaixou a cabeça.

– Kaneda, pare de tentar ser o samaritano! Você só quis ajudar, e apesar de ter errado, deve se lembrar que é um ser humano! – Sakura se levantou.

– ...

– Eu sei que não foi uma luta como você queria, mas haverá outras! Agora, levante-se e vamos comemorar essa vitória!

– ... Tem razão. – ele sorriu. Pegou a jovem no colo e foram para um dos quartos.

 

Na manhã seguinte, Kaneda, Sakura e Chun Li tomavam o café da manhã quando Ryu acordou. Ele se sentou com eles. Sorrindo, começou a comer. Chun Li ficou séria.

– Parabéns, Kaneda. – disse ele.

– Não... Você não pôde lutar direito...

– Assim como você na primeira luta! Um guerreiro deve estar pronto para cada batalha.

– É verdade... Mas um dia ainda lutaremos com todas as forças. Nem que seja depois de atingirmos a iluminação! – Kaneda sorriu.

– Sabia que podia esperar isso de você. Kaneda, quero fazer uma proposta para você.

– Proposta?...

– É. Eu queria que morasse aqui. Ken foi meu parceiro de treinos no passado, mas agora rumamos para lados diferentes. Eu quero que fique aqui para treinar comigo.

– Tentador... Mas não dá, Ryu. Eu tenho Sakura.

– Se Sakura aceitar ficar aqui...

– Claro que sim! – disse a pequena garota, sorrindo.

– Mas não posso deixar minha mãe, agora que as batalhas acabaram...

– Traga ela.

– Ela não gosta do campo. Não ia aceitar, Ryu.

– Tem uma cidade aqui perto. Kabuki Town. Não é muito grande, mas com certeza ela gostaria. E você ia poder visitá-la sempre que quisesse.

– Bom, com certeza ela aceitaria! Eu ficarei sim, Ryu! Mas antes quero voltar para Okinawa e me despedir de Takashi-sama. Também vou pegar minhas coisas. – disse Kaneda, se levantando.

– Tudo bem.

– Eu quero ir com você, Kaneda! – disse Sakura.

Kaneda já tinha terminado de arrumar sua poucas coisas que tinha trazido. Sakura também. Ele foi até a cidade e ligou para a mãe. Se encontrariam em Kabuki Town, alguns dias depois. Ela adorou. Kaneda voltou e pegou Sakura, e também suas coisas. Ryu meditava na fonte.

Quando passou pelo quarto de Chun Li, Kaneda percebeu que ela também arrumava suas coisas. Pediu para Sakura aguardar na sala e entrou no quarto.

– O que está fazendo, Chun Li?

– Ai! Que susto...

– O que é isso?

– Eu vou embora.

– Como assim?

– Kaneda, ele convidou você e Sakura, e não a mim! – disse ela, com os olhos cheios de lágrimas.

– Chun Li...

– Eu vou seguir meu caminho... Ele nem fala comigo... O Ryu não me ama.

– Ao contrário. Ele te ama. Mas Ryu teme que esse amor atrapalhe sua jornada. Também tem medo de ter raízes. Ryu viveu tanto tempo sem isso, que agora tem medo. Mas no fundo é o que ele mais quer.

– ... – Chun Li se levantou.

– Você... Vai... Ficar! – disse Kaneda, segurando o seu braço.

Kaneda a deixou na sala, onde estava Sakura. Ele foi falar com Ryu. Kaneda deu um tremendo sermão nele, e Ryu revelou que temia mesmo ter raízes. Revelou que temia não querer mais lutar. Tinha medo de si mesmo.

– Ryu, olhe pra mim. Olhe para o Ken. Ainda lutamos.

 

Ryu sorriu. Ele enfim percebeu que não precisava negar a si mesmo para aceitar o amor de Chun Li. Ryu entendeu que o lendário Miyamoto Musashi estava errado ao negar o amor para continuar seguindo o caminho da espada. Kaneda e Ken eram a prova viva disso!

– Agora se entendam! Eu e Sakura voltamos amanhã!

Kaneda deixou os dois na sala, e Sakura saiu rindo do jeito dele. Eles pegaram um vôo para Okinawa. Não foi uma viagem muito demorada. Chegaram de madrugada. Foram rapidamente para o dojô de Takashi.

 

Após chamarem muito, ninguém os atendeu. Estranharam. Kaneda e Sakura entraram, e ficaram procurando por Takashi. Kaneda enfim pôde sentir o seu Chi, que se definhava. Entrou correndo no seu quarto e viu o velho mestre na cama.

– Sensei!

– ... Kaneda... Que bom que está aqui... – sua voz estava fraca.

– Sensei, o que houve?

– Hehehehe... Parece que chegou minhas hora, jovem pupilo...

– M-mas... O senhor pode se curar, sensei!

– ... Não adianta, Kaneda...

– Eu posso te curar!

– Não, Kaneda! – parecia usar suas últimas energias para brigar com o aluno. – Como guerreiro... Como guerreiro devo aceitar a morte... Minha missão já está... Cumprida... <ugh>...

– Sensei...

– ... – Sakura derramou lágrimas, em pé na porta.

– Kaneda... Me prometa... Não vai deixar minha arte morrer...

– Sensei...

– Prometa!

– S-sim, eu prometo!

– Agora posso descansar em paz... – ele sorriu.

Kaneda, Takashi e Sakura ficaram em silêncio. Kaneda sabia que podia prolongar a vida de seu mestre usando seus poderes, mas enfim entendeu seu último ensinamento. Kaneda chorou. Os três pareciam estar esperando a morte chegar. Enfim chegou.

Kaneda fechou os olhos de Takashi. Ele se levantou com duros passos e levou Sakura para a rua. Kaneda a deixou ali. Assustada, a jovem não fez perguntas. Kaneda concentrou seu Chi e disparou várias bolas de fogo contra o dojô e contra algumas de sua árvores. Tudo começou a pegar fogo.

– O senhor morre, sensei, mas sua arte será eterna!

– ...

– Vamos, Sakura!

– Mas...?

– Ligue para o delegado e esclareça tudo. E vamos embora daqui!

 

Índia, Tibete, 3 de Maio

 

A caminhada foi muito dura. Mas Iori e Ryuji finalmente podiam ver o templo de Dhalsim. O sol estava se ponto e era uma paisagem muito bonita. Correram. Foram recebidos por uma bela moça, que se apresentou como Sally.

– Meu marido já virá recebê-los, senhores. – muito educada também.

 

– Olá, rapazes.

– Tudo bem, Dhalsim? Esse aqui é o Ryuji.

– Muito prazer. – disse Ryuji, curvando-se.

– Sinto que o mal reside em você, mas também sinto sua vontade de se agarrar ao bem. Tem chances de conseguir. Terá que ser muito forte, Ryuji.

– Entendo...

– E então, onde vamos ficar? – perguntou Iori, virando-se para o templo.

– Sally, conduza-os para os seus quartos. E vocês, depois venham, pois iremos meditar!

– Sim! – a voz dos dois soou em uníssono. A de Iori, empolgada, e a de Ryuji, triste mas serena. Eles perceberam que suas vidas estavam recomeçando.

 

Japão, Hospital Central de Kabuki Town, 2 de Junho

 

Tudo parecia estranho. Seus olhos ainda tinham dificuldade para enxergar. Também, depois de um mês de coma, era de se surpreender que ainda tivesse a mente sã e salva! Olhou para um lado e viu uma janela. A luz do sol entrava por ela, e feriu um pouco sua visão. Se virou, olhando para a esquerda.

Então viu uma jovem. Loira, longas tranças, com uma beleza nunca vista antes por seus olhos. Sentiu-se vivo novamente. Sua visão enfim desembaçou. Ele pôde ver como era bonita, muito mais do que tinha visto com suas vistas em 70%! Ela sorria para ele.

– Até que enfim você acordou, heim!

– Quem é você?... Onde estou?... – perguntou Hwoarang, colocando a mão na cabeça.