Atualizado em 05/02/16
Há muitos anos atrás (mais precisamente em 1995), quando Street Fighter II ainda era uma febre recente e a gurizada lotava as casas de fliperama (ou os botecos mesmo) existiam produtoras de desenhos animados, estúdios de história em quadrinhos e mais um monte de gente interessada em lançar coisas novas sobre Street Fighter. Alguns produtos como a excelente série Street Fighter II: Victory acertou em cheio a dose de emoção, combates violentos e carisma dos personagens. Algumas HQs como as da Malibu Comics exageraram no sangue e chegaram a matar o Ken em suas páginas. Dentre todos os lançamentos de produtos que tivemos aqui no Brasil, um que chamou a atenção foi o desenho animado americano Street Fighter: The Code of Honor (também conhecido como Street Fighter: The Cartoon e Street Fighter: The Game).
Ao contrário de Street Fighter 2: Victory que centrava a história em Ryu e Ken (um pouco mais em Ryu para ser exato), SF: Code of Honor centrava a história em Guile (era um desenho americano ora bolas!) e em suas missões, envolvendo combater a Shadaloo, sempre ao lado de seus amigos Guerreiros Mundiais. Servindo como uma sequência ao filme do Van Damme, servia a mesma linha do filme e ainda chegava a apresentar personagens inéditos para os fãs da época como Gouken e Akuma.
Para o bem ou para o mal, este desenho animado influenciou muito a versão nacional dos quadrinhos de Street Fighter, como citado na entrevista que fiz com Marcelo Cassaro. Ele cita alguns trechos infelizes do roteiro deste desenho animado que não reproduzirei aqui para que leiam a entrevista na íntegra, mas que servem como exemplo do tipo de meleca que os americanos fizeram.
O desenho passou aqui no Brasil pelo SBT, durante um intervalo entre a repetição da série SF 2: Victory. Lembro de ter estranhado muito a “troca”. Anos mais tarde passou no Cartoon Network, logo após SF 2: Victory ter terminado. O mais engraçado dessa história toda é o fato de que quando o Silvio Santos fechou contrato com a representante da Capcom que vendeu o desenho, ele teria comprado SF: Code of Honor, mas como a produção estava demorando demais para entregar os episódios prontos, eles entregaram um desenho japonês que estava sendo exibido somente no Japão, que era o SF 2: Victory. Se não fosse essa confusão, provavelmente nunca teríamos visto a série Victory por aqui. Bons tempos aqueles do SBT…
Independente da história fraca, o desenho trata dos nossos brigões favoritos ora bolas! Por mais bizarro que possa parecer, eu gosto de vê-lo, quando acho algum episódio novo, e é possível encontrá-lo dublado no Youtube, mas que por questões legais não pude embedar aqui no post, mas procurem pelos nomes citados que vocês acham. Uma das minhas grandes cíticas quanto à série é o fato do Chi ser algo banal por lá. Enquanto que em outros animes os poderes especiais dos lutadores são tidos como fantásticos e enigmáticos, aqui Guile solta Sonic Booms com tanta facilidade quanto Balrog da socos. Abaixo seguem todos os episódios em inglês e sem legenda dos episódios que encontrem. Dêem uma olhada e tirem suas próprias conclusões todos os episódios está dividida em duas partes.