O Dragão Celestial – o emblema do poder imperial – é um símbolo do povo chinês. Reverenciado como uma mítica divina, ele traz abundância, prosperidade e boa sorte. Essa imagem está tão arraigada na cultura do país que os chineses se referem a si mesmos como "Descendentes do Dragão".
Ao contrário dos dragões ocidentais, os chineses, os Lung, são reverenciados em templos especialmente construídos em sua honra. No primeiro e no 15º dias de cada mês, incensos são acesos e orações são feitas para os dragões – os controladores das águas dos rios, lagos, mares, da chuva e das quatro estações. Em última estância eles representam as forças da Natureza, o poder divino da Terra, e podem habitar os mares, cruzar os céus, transformar-se em montanhas ao enrodilhar-se como uma cobra.
Como os dragõs se casam com humanos, muitos imperadores da China e do Oriente afirmam descender deles. De acordo com sua genealogia, o próprio Imperador do Japão é descendente da Princesa Jóia Frutífera, filha do Rei Dragão do Mar. Por isso mesmo, os súditos acreditavam que seus monarcas podiam se transformar-se em dragões.
Devido à sua sabedoria, dizem as lendas, muitos desses animais também teriam sido conselheiros nas cortes da China. Apesar da intervenção benéfica que exercem entre os humanos e da sua sabedoria, acredita-se que os dragões são vaidosos e se ofendem facilmente. Quando isso acontece, secas terríveis se alastram por todo o país. Durante as secas, as pessoas saem e então, em procissões especiais carregam enormes dragões de papel na tentativa de apaziguar essas entidades míticas.