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As Quatro Velas

Quatro velas estavam queimando calmamente dentro de um templo sagrado. O ambiente estava tão silencioso que podia-se ouvir o diálogo que travavam.

A primeira disse:- Eu sou a paz! E apesar de minha luz as pessoas não conseguem manter-me, acho que vou apagar. E diminuindo devagarinho, apagou totalmente.

A segunda disse :- Eu me chamo Fé! Infelizmente sou muito supérflua. As pessoas não querem saber de Deus. Não faz sentido continuar queimando. Ao terminar sua fala, um vento levemente bateu sobre ela, e esta se apagou.

Baixinho e tristonha, a terceira vela se manifestou – Eu sou o amor! Não tenho mais força para queimar. As pessoas me deixam de lado, só conseguem se enxergar, esquecem-se até daqueles à sua volta que lhes amam. E sem mais apagou-se.

De repente … um monge entra no templo e vê as três velas apagadas. – Que é isso? Vocês deviam queimar e ficar acesas até o fim. Dizendo isso começou a chorar.

Então a quarta vela falou :- Não tenhas medo, enquanto eu queimar podemos acender as outras velas, eu sou a Esperança!

E ele pegou a vela que restava e acendeu todas as outras.

Após isto sentiu uma mão pesar em seu ombro e viu seu mestre que lhe disse:

– Espero que a vela da esperança nunca se apague dentro de você meu discípulo.

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Fonte: este conto é de autoria desconhecida, mas foi transcrito por Carlos "Wind Yang" Dalben, no fanzine Orgulho da Arte nº 15, disponível na Lista de Discussão do Yahoo.

Se sentindo em casa

Sonryu estava entediado. Não conseguia se acostumar com seu novo time de lutas. Tinha abandonado os Discípulos do Poder e entrado para o Darkness Team em busca de poder. M. Bison, o patrocinador do time lhe fez propostas irrecusáveis para entrar neste time, inclusive lhe ensinar algumas técnicas de Ler Drit e a controlar o maligno Psycho Power. Sonryu não era mal, mas se todo homem tem seu preço, o de Sonryu era poder.

Ele estava agora em uma arena militar em Mriganka, a ilha e nação de M. Bison. Também sede da Shadaloo, a maior organização criminosa que este mundo já viu. Seus companheiros de time não estavam lá, apenas uns poucos militares praticando Muay Boran, a brutal arte marcial de onde se originou o Muay Thai (mais civilizado e voltado para competições). Sonryu queria brigar, mas não contra aqueles “perebas”, se fosse para brigar contra um lutador de “Muay-alguma-coisa” ele queria Sagat de uma vez. Sonryu sempre foi assim; sempre quis superar seus limites lutando contra os mais fortes.

Que se dane!-pensou. Se enfrentar os 5 ao mesmo tempo talvez me proporcionem alguma diversão.

O 1º lutador é surpreendido com uma anilha de 20kgs que lhe foi arremessada nas costas. O 2º salta em direção ao teto. Sonryu desfere uma voadora no peito do 3º, agarra o 4º e o atira por cima do 5º. Nisso, o que estava no alto desce em um Wall Spring e lhe acerta com um Roundhouse Kick bem no meio do rosto; o que faz Sonryu recuar três passos e ter de limpar o sangue do nariz e boca.

Então é pra valer! Ele corre em direção aos militares e dá um Fierce de direita no queixo de um deles. Sonryu leva um Tiger Knee no estômago, seguido de uma “correntada” nas pernas. Filhos-da-p…! Sonryu cai de joelhos perante a dor para receber um chute certeiro em sua orelha direita fazendo-o cair para o lado. Estava encrencado.

Olhou ao redor enquanto tirava a parte de cima de seu gi negro. Um oponente estava sobre um banco quebrado com uma anilha sobre as costas, desacordado. Outro, se levantava do chão enquanto tirava suas luvas esportivas. O 3º e 4º oponentes se aproximavam lentamente girando correntes que sabe-se lá de onde tiraram. O 5º observava de longe, enquanto estralava o pescoço. Gritos de guerra ecoaram pela arena!

Sonryu iniciou seu Hurricane Kick fazendo com que os dois primeiros militares fossem levados pelo turbilhão de chutes arena adentro, sendo por fim atirados longe; um por cima de um armário que se entortou com o impacto e outro por cima de uma pilha de anilhas que foi derrubada causando um estrondo. Sonryu terminou seu golpe à frente do penúltimo oponente em pé, que tentou lhe acertar um Elbow Smash. Só tentou pois Sonryu mal havia terminado seu Hurricane Kick e já havia se agachado, em um incrível combo, para desferir seu Dragon Punch abaixo do queixo do oponente, que acabava de perder alguns dentes.

Agora Sonryu estava cara-a-cara com o último e maior lutador, que aproveitou a distração com os outros lutadores para colocar a tradicional “tiara” tailandesa e um soco inglês em cada mão. Malditos duelistas! Nisso, entra seu colega de equipe, o boxeador Samson Jr; que vendo a cena sorri: – Não terminou de se aquecer ainda? – Sonryu sequer desvia o olhar de seu oponente e responde: – Não até terminar com você! O boxeador irado corre em sua direção. Sonryu estava começando a gostar daquele lugar…

Pensar ou Agir?

Re-ka-ken! Re-ka-ken! Re-ka-ken!

O peito de Jackie ardia enquanto o vento entrava pelo templo onde treinava. O lugar, era um antigo templo de Kung Fu Shaolin nas montanhas do Tibet. Estava em fase de restauração, em breve iria se tornar mais um patrimônio histórico da região; estava velho, lhe faltavam telhas e as paredes possuíam buracos. As antigas tapeçarias já haviam sido levadas por saqueadores, bem como os fogareiros de prata.

Re-ka-ken! Re-ka-ken!

Mas Jackie não se importava, o motivo de estar ali não era pela beleza do lugar, ou pela bela paisagem da cordilheira Tibetana; muito menos pelo ar puro das montanhas. Jackie queria mais força. Foi ali, naquele templo, que seu antigo sifu Fei Long recebeu sua graduação como mestre em Kung Fu, depois de anos trilhando o duro caminho das Artes Marciais até o topo. Jackie estava ali em busca de iluminação, precisava de uma estratégia nova de combate, e possivelmente precisa melhorar suas técnicas também!

Re-ka-ken!

Cada vez mais exausto, Jackie sente os músculos dos braços e tórax fervendo de tanto esforço. Esta manobra, Rekka Ken, uma combinação rápida de socos, era uma das manobras mais velozes que Jackie possuía. Mas não era o bastante, ele descobriu que precisava de mais velocidade. Ele precisava superar o Tumbling Attack de Dani Claw, a assassina de seu melhor amigo, Thor; que morreu por não deixar o segredo da técnica ancestral do Zen no Mind cair em mãos erradas. Jackie quer colocar Dani atrás das grades, ele deve isso a Thor!

Re-ka-…

Não deu… os braços de Jackie não agüentam mais tanto esforço, e seu oponente, um saco de areia suspenso por uma corrente parece que também não, uma vez que está todo rasgado pelos impactos dos golpes constantes e vaza areia por alguns cortes na lona. Já é noite lá fora e faz mais de 8h que Jackie treina à fio. Mas aquela garras…esse era o grande problema!! Dani Claw era da divisão de Duelistas: lutadores que competem usando normalmente armas brancas; no seu caso, garras afiadas presas aos punhos. Foram elas que tiraram a vida de Thor, bem na frente de Jackie, que não pode fazer nada pois estava imobilizado por Mr. Big, um dos chefes regionais da Shadaloo…outro que deveria levar uma boa surra!

Re-…Dragon Kick!!!

Chega, seus braços não agüentam mais e Jackie também não. Treinar nunca foi seu forte, pensar muito menos. Vai voltar à cidade, comer e beber algo e dormir. Quando estiver frente-à-frente com Dani Claw novamente, ele decide o que fazer, sempre agiu assim, por impulso.

Enquanto isso, na beira da montanha, um camponês observa abismado o céu chover areia…

Honra ou Vitória?

“Glacius sentia suas costas se partindo em meio aos braços de seu oponente que teimava em não soltar-lhe antes de arrancar um último suspiro seu. Seus braços estavam livres porém retesados de dor, o que lhe permitia apenas realizar alguma manobra que não exigisse movimentos vigorosos.”

“Atrás de Glacius estava uma jovem belíssima, desacordada, que encontra-se cativa de seu inimigo truculento. Era uma desconhecida, mas Glacius não estava ali por glória ou por dinheiro, mas por honra. ”

“Se havia uma coisa que Glacius sempre seguiu com afinco foi o caminho da virtude, do bem, da Pura Fé como ele gostava de dizer. Desde pequeno, treinado por seu Mestre Ken, um grande guerreiro Shotokan, foi educado para ser um exemplo, algo como um escoteiro das artes marciais.”

“Glacius já não tinha mais energia para concentrar-se em algum golpe devastador, seu chi parecia se esvair juntamente com sua vida, havia algo de anormal naquele oponente, desde o início do combate já havia notado isso, ele emanava uma estranha aura negra, seus olhos pareciam vazados e parecia sugar sua energia ao mesmo tempo que apertava-lhe em um poderoso apresamento, aquilo era diferente de tudo que já havia sentido, não parecia ser Wrestling, Sanbo ou outra Arte Marcial de imobilização, era algo místico.”

“Glacius só tinha uma chance, extinguir completamente o que lhe restava de Força de Vontade e usar uma técnica extremamente desonrada, o Ear Pop, um golpe nas orelhas do oponente com as mãos em concha, o que com certeza atordoaria seu oponente o tempo suficiente para dar o troco. Mas e sua honra ?”

“Com o canto do olho, Glacius vê a jovem que estava tentando salvar, ela não parece ter sequer um arranhão, está apenas desacordada, dormindo ou coisa parecida, ao que parece seu oponente só usou a garota para chegar até ele, de alguma forma seu inimigo sabia de seus valores como lutador, sabia que não desperdiçaria uma chance de fazer o bem e resgatar a
jovem…mas como ?”

“Não havia mais tempo, seu inimigo apertou-lhe mais forte que fez com que as veias de sua testa saltassem e a coluna de Glacius rangesse, num último esforço Glacius usou o Ear Pop, fazendo com que seu oponente cambaleasse para trás, desorientado, tanto com o golpe quanto com o fato de Glacius possuir aquela técnica desonrada que pode ensurdecer e até
causar danos cerebrais no oponente. Mas não havia tempo a perder, quando recobrou-se do ataque inicial, Glacius já estava em cima dele desferindo diversos chutes por segundo com seu Air Hurricane Kick que o jogou do outro lado daquele beco imundo, chocando-se contra a parede tão violentamente que fez com que diversos tijolos caíssem.”

“Glacius estava com o peito arfando, mal tinha forças pra respirar, a poeira daquele beco machucava-lhe os pulmões, que pareciam perfurados por alguma de suas costelas quebradas devido à pressão do golpe sofrido. Ele estava parado em pé, com os joelhos retesados, e os braços estirados. Como que sem querer, Glacius nota um desenho nas costas do oponente, uma tatuagem, uma cobra enrodilhada em um punhal…Matsuo Sakyo !!! Aquela era a mesma insígnia do anel do diretor da Sakyo Corporation, que estava em sua casa neste momento, com sua esposa e filho, lhe aguardando para um jantar de negócios!!!”

“Glacius respirou fundo e disparou a correr. No caminho ele ligava do celular para uma ambulância para resgatarem a garota e para Jackie e Sonryu, seus amigos de confiança. Parecia que a noite estava apenas começando…”

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"Honra ou Vitória?" foi escrito por Fernando Jr especialmente para seu sistema de RPG (em desenvolvimento há anos) com base em sua campanha de mais de dois anos de Street Fighter RPG, onde figuraram grandes personagens como o honrado Glacius Makae, apresentado neste conto.

As Brisas do Paraíso na Face do Demônio

Dojô de Goutetsu

Outono de 1930, província de Shuri, Okinawa, Japão. Final da Era Meiji, a Era da Restauração Democrática.

O turbilhão de guerras fora como fagulhas em brasa, cintilavam ainda, pairando certa dúvida pelo ar: “Afinal, era chegada uma Era de paz?”

Num local afastado de todos, na ponta extrema do chamado Tora-o, ou Cauda do Tigre, como era conhecida a região montanhosa e estreita, densamente arborizada, residia um homem comum, conhecido como Mestre Goutetsu. Que como tal lutou pela restauração de seu País, a Sagrada Terra, o Japão. Burburinhos eram facilmente ouvidos pela região contando Histórias sobre o sangue que Mestre Goutetsu carregava em suas mãos, mas havia também quem afirmasse que um homem tão pacífico e concentrado em seus afazeres não poderia ser um assassino cruel. Havia dez anos que Mestre Goutetsu se mudara para aquela região e consigo trouxe duas crianças, Gouki e Gouken, alvo também de mexericos menores. Eram filhos de sangue ou adotados de Mestre Goutetsu?

Esquecendo a veracidade dos mitos populares, o certo era que Mestre Goutetsu era assim conhecido, como Mestre, por ensinar o antes tão reprimido TE, que hoje se tornara conhecido como a Arte das Mãos Vazias, o Karate.

Um tradicional solar japonês era seu Lar, com portas revestidas de papel de arroz, artesanalmente construído, cercado por frondosas cerejeiras, que obviamente foram plantadas por Mestre Goutetsu, já que a vegetação comum na região são os pinheiros conhecidos como Ryukyu, um pinheiro de tronco roliço e espesso. No alto outono, as pétalas rosadas das flores de cerejeira voavam pelo ar até encontrar o solo, como plumas desprendidas após a revoada.

Todos os dias, aqueles que residiam mais próximo do solar, cerca de uns quatro quilômetros, podiam ouvir gritos e Kiais, comuns durante o treinamento marcial. Mas hoje os ruídos cessaram e o que se ouvia era algo incomum. O som da traição, embora surdo, ressoava em todas as direções.

De um lado com os olhos fumegantes, em posição de combate, Gouki, do outro seu até então Mestre e Tutor Goutetsu. Fazia algum tempo que ambos se fitavam, desde que Goutetsu recebeu um desafio de vida ou morte pela honra da força de Gouki e evitou ser atingido por um golpe. Aquilo poderia ser uma afronta, mas Goutetsu admirava a naturalidade que Gouki tinha para as artes da guerra. Agora a enorme força que emanava de Gouki se condensava em ondas negras de fúria, reluzindo morte a sua volta.

– Você está morrendo Gouki! – Sibilou Goutetsu com grande pesar nos olhos – Eu o vi crescer… – pausou por um instante e, após arfar um sopro de tristeza, continuou – …Executar cada técnica e movimento como se fosse você que os tivesse criado… Agora você está diante da maior prova de sua vida, maior que qualquer tarefa que eu tenha ordenado a você. – aumentou seu tom de voz gradativamente até que esta pareceu um trovão ecoando pelas montanhas – Salvar-se de si mesmo!

Alguns corvos que estavam sobre os pinheiros voaram em disparada crocitando, como se anunciasse algum acontecimento sombrio. Os Corvos são símbolos de mal presságio, dentro do Shinto, a Religião primitiva Japonesa.

O primeiro golpe de Gouki ao desafiá-lo, foi pouco eficaz e estranhamente primário, vista a experiência de Mestre Goutetsu. O golpe não passou de um chute circular triplo, algo que Goutetsu o ensinara no inicio de seu treinamento, o Tatsumaki Sempu Kyaku, ou o Chute Circular do Espírito do Vento. Na verdade Goutetsu teve a nítida impressão que este movimento tão esmeradamente treinado todos os dias, tinha sido lançado apenas para lhe mostrar que seu Jovem Pupilo estava falando sério.

Enquanto permaneciam ali, Goutetsu e Gouki tinham certeza que aquela seria uma batalha cruel, a cada segundo passado essa idéia era reforçada. No momento em que o peito de Gouki se enchia Goutetsu o estudava. Não havia mais dúvida, assim como aconteceu com Goutetsu nas guerras da Restauração, Gouki estava sendo afligido pelos espíritos perturbadores, que alguns chamavam de Satsui No Hadou.

– Gouki – falou calmamente – você trouxe desonra à nossa casa! Você não pode sair pelo mundo desafiando todos por uma causa tão egoísta!

– DESONRADO EU?!?! – Esbravejou o jovem pupilo – Porque? Acaso Honra não é algo paradigmático?! É algo pelo qual lutamos? Pelo qual vivemos? Quem é você para me dizer o que é Honra? Você, um homem que carrega mil almas que o atormentam todos os dias, o fazendo lembrar do sangue derramado pela – satirizou – SUA HONRA!? Ainda assim, Sensei, você é o Homem mais forte que conheço…

Goutetsu ainda de guarda levantada, olhava dentro dos olhos de seu jovem aluno. Ele era o detentor de uma antiga arte mortal e perigosa, que no passado foi de extrema importância para a Restauração, mas hoje, em tempos mais pacíficos, não passava de uma armadilha cruel e sórdida.

Goutetsu jamais ensinara essa técnica a ninguém, em seu coração desejava que ela morresse com ele, mas como novos tempos tenebrosos poderiam surgir, cifrou seus movimentos e técnicas dissimuladamente em códigos estratégicos que somente grandes mestres decifrariam no futuro, após anos de persistente treinamento. Esta técnica um dia foi conhecida como Ansatsuken, ou Técnica dos Punhos Assassinos, cuja origem é obscura, até mesmo, para o Grande Mestre Goutetsu, que hoje ensina o karate da família de seu bom amigo Funakoshi, conhecido como Sensei Shoto, criador do Shotokan.

– Você está perdendo sua alma, um guerreiro sem honra não passa de um demônio. – a falta de expressão diante de suas palavras dera certeza a Goutetsu, que ali não residia mais a alma do menino que acolhera à 10 anos, melancólico continuou – Pouco importa isso agora! Gouki, como descobriu o Ansatsuken? – Perguntou Goutetsu intrigado, mas de modo habitual, com semblante sisudo e transparecendo calma, enquanto continuava a fitar diretamente a alma de Gouki através de seus olhos escuros.

– HUNF! – Gutural, desdenhou a dúvida de seu Sensei – Acha que sou ingênuo? Foi muito simples, venho treinando a mais de dois anos escondido, remontei movimento a movimento, soco a soco, chute a chute. Tudo ficou ainda mais fácil quando descobri o verdadeiro moinho da força de um guerreiro, o ódio, a fúria, o desapego pela vida, a força sobrepujando a fraqueza, na verdade isso sempre esteve diante de meus olhos, bastou que pensasse na sua vida, Sensei! Sua vida me mostrou o exemplo e o significado de toda a Vida! Foi tão ridículo quanto jogar Hasami Shogi¹ com meu Irmão, Gouken.- dando à sua face um ar mais sombrio que antes, sorri como uma fera selvagem.

Subitamente Goutetsu se dá conta que desde que acordou pela manhã não vira ainda seu outro aluno, Gouken, irmão de Gouki. – O que fez com seu irmão, seu bastardo!? – Perguntou movendo-se lateralmente, pé ante pé. Gouki, percebendo o mover de seu mestre, também se movimenta lateralmente acompanhando os passos de seu mais que iminente inimigo. Sem hesitar respondeu, com o mesmo sorriso em seu rosto: – Meu irmão é fraco, contei a ele o que faria hoje e ele tentou me impedir. – A Face de Goutetsu transformou-se com a notícia, Gouki pôde perceber nitidamente o fluxo sanguíneo aumentar nas veias de Goutetsu, enquanto continuava a falar. – Mas não se preocupe, eu apenas o desacordei… – pausadamente, relançando um olhar de ódio para Goutetsu, falou entre os dentes – Ele é… um FRACO!

Este era o momento que Goutetsu esperava, as últimas palavras de Gouki o impulsionara a seu derradeiro ataque. Quando se jogou em violenta corrida em direção a Gouki, viu que este instantaneamente, sem hesitar, fez o mesmo. Percebendo que seus movimentos estavam em paridade com Gouki, antes mesmo de dar o primeiro passo rumo à inércia, Goutetsu foi remetido absolutamente, durante poucos segundos, ao passado, quando encontrou os dois irmãos vivos por milagre, após a morte de sua família por cólera. Suas próprias palavras na ocasião, tamanha foi sua surpresa, ecoaram por sua mente neste instante: – Os pequeninos são fortes?! Até o próximo passo antes de se aproximar o suficiente de Gouki. Esses dois irmãos trouxeram a sua vida algum sentido além de matar, agora, ironicamente, ele estava ali para interpor entre sua vida ou a de Gouki.

PUFH! – Fez o impacto seco do pé de Goutetsu contra as folhas e relvas. Enquanto as pétalas pareciam parar estaticamente no ar, recordou de todo acontecido de hoje, mais rápido e súbito que um raio, suas lembranças o levaram para um dia de outono como este, onde após demonstrar certo movimento, Gouki disse admirado – Sensei, um dia serei melhor que você!

PUFH! – Estalou o eco do último passo antes de Goutetsu se lançar contra Gouki. Ao perceber que o semblante de Gouki já não era mais humano, Goutetsu finalmente se lançara contra ele, assumindo uma posição secreta, posicionando as mãos e fazendo também fluir de si as ondas negras da morte. Neste momento pensara consigo mesmo – Desta forma estarei matando a última pessoa e esta técnica estará esquecida para sempre! – mas antes que pudesse acabar seu raciocínio, algo inesperado ocorreu. Gouki assumiu a mesma forma que seu Mestre e estava a milésimos de segundo dele.

Goutetsu mal pôde ver o que aconteceu. Em certo instante estava de pé, quase golpeando seu ex-aluno mortalmente, aplicando com exatidão uma das técnicas mais mortais do mundo, o Shun Goku Satsu. No outro, apenas o que podia ver era Gouki de costas, em sinal de desdenho. Neste momento, pôde ver surgir uma mancha nas costas do Gi de seu matador, formando um ideograma, um caractere Japonês, o TEN. Símbolo da divindade, porém, escrito a sangue.

Durante toda sua vida Goutetsu se perguntou o que seus inimigos sentiam ou viam antes de perecer. Os mitos por trás da técnica pregavam que a vitima era enviada ao inferno cem vezes antes de morrer e que sua alma era destruída em mil pedaços.

Goutetsu sentiu o coração parar e bombear em reverso e seu fluxo sanguíneo se reverter repentinamente, ao mesmo tempo toda sua musculatura entrou em espasmos dolorosos, mas Goutetsu que viveu como um Guerreiro quis morrer como tal, nem mesmo um gemido de dor emitiu. Neste momento enquanto ele tentava de alguma forma se livrar da entropia, seu algoz e ex-aluno exclamou:

– Eu venci! Eu sou o Mestre dos Punhos! – Fluindo ainda mais poderosamente as ondas negras odiosas.

Com suas ultimas forças, Goutetsu sentindo sua vida se esvair como a água de um rio sem mananciais, voltou-se para Gouki na tentativa lhe dar uma última lição, dizendo com dificuldade:

– Não importa que eu morra…. Você havia perdido antes…. Antes mesmo de começarmos nosso duelo! – Olhou para Gouki com pena e lágrimas nos olhos, golfando sangue entre as palavras:

– Você está morto Gouki, meu filho! Gasph! Você não passará de um títere fantoche nas mãos do Satsui No Hadou!!!… Bargh!… Ainda que alcance os céus, você não passará de um viajante em terras estrangeiras… Gasph! Você não passará de um AKUMA! – cai ao chão, já sem qualquer vestígio de vida.


[1] Hasami Shogi é um jogo antigo muito popular entre as crianças japonesas. Similar à dama, o objetivo é cercar as peças do adversário, por dois lados ao menos.


Conto escrito por Victor Rocha, webmaster da Shinbushi e da Street Fighter Seeking, além de autor das capas dos suplementos Guia do Jogador, do Segredos da Shadaloo e do Competidores (veja todos na seção de Livros Oficiais).

Prelúdio do 2º Torneio Online

Noite do dia 02/05

Um bar em Kingston, Jamaica

Hoje é dia de festa em Kingston. Não as festas costumeiras, que acontecem todas as noites. Hoje está acontecendo uma festa promovida por Dee Jay, o Guerreiro Mundial Jamaicano e ídolo do reggae. Seu famoso bar, o DJ's Pub, está lotado de fregueses que vieram ver os dois shows: o da banda de Dee Jay e o do Kingston Annual Tournament.

O Kingston Annual Tournament é um torneio Street Fighter que acontece uma vez por ano no DJ's Pub, criado e mantido por Dee Jay, o torneio tem por objetivo encontrar novos talentos do Street Fighting. Foi no Kingston AT  que Dee Jay lutou e tocou pela primeira vez, e ele financia atualmente o torneio para que outros jovens também tenham essa oportunidade.

Dee Jay usa como arena um pátio existente nos fundos do pub, onde existem algumas mesas para os espectadores continuarem bebendo e onde fica o palco onde ele costuma se apresentar. A aparelhagem de som pesado mostra queprovavelmente Dee Jay colocará seus sucessos a tocarem enquanto as lutas acontecem, ou apenas indicam que ele esqueceu de retirar elas dali…

O torneio é aberto somente a lutadores iniciantes, de preferência que nunca tenham lutado profissionalmente no circuito Street Fighter. Dee Jay seleciona pessoalmente os candidatos, que são 8 ao todo, com base em indicações de amigos e informções vindas de seus contatos pelo mundo. Em suas viagens Dee Jay encontrou grandes lutadores, e tentou escolher os melhores novatos para trazer ao Kingston AT deste ano. São eles:

Francesco Rossini: dono de uma academia em Chicago, este americano descendente de italianos viu grandes oportunidades no circuito Street Fighter e não medirá esforços para ser um campeão. Esta determinação acompanhada de seus talentos como Kickboxer profissional o tornaram perfeito para participar do Kingston AT.

Fabiano Cambalhota: paulista de nascença mas baiano de coração; Fabiano “Cambalhota” (como é chamado nas rodas de Capoeira) é um grande lutador que foi encontrado durante uma viagem de Dee Jay ao Brasil. O próprio Dee Jay fez questão de convidá‐lo para o torneio após ver suas habilidades em combate.

Kashin Byai: este Thai Kickboxer é um enigma para a organização do torneio. Quem o indicou? Da onde ele surgiu? Será que é algum discípulo de Sagat? Sua força parece comprovar esta última teoria…

Jiao Khan: discípulo do grande mestre do Muay Thai, Tin Baak, Jiao luta para ser aceito em mundo que lhe tirou os pais e a esperança. Tendo crescido sozinho nas ruas de Bangkok, Jiao é amargo e de poucas palavras.

Ricardo Andrade: jovem playboy gaúcho, Ricardo adora tunning, garotas e é claro Karatê Shotokan! Ricardo é fprte e tem determinação, mas deve escolher um objetivo para sua vida, dividida entre a faculdade de Direito e sua arte marcial.

Expert Parkour: aparentemente este lutador misterioso não deveria estar aqui. Tudo indica que ele estava inscrito para o Masters American Champioship, porém misteriosamente ele apareceu neste torneio sem uma palavra…isso apenas aumenta mais os rumores de que seria discípulo de Dhalsim.

Jô Hélio: este místico advogado e exímio capoeirista encontra em seus orixás a força para derrotar seus oponentes nas arenas do submundo e lutar contra o preconceito.

Django: este gigante mascarado é um wrestler profissional (Sanbo) que viu em seus imensos músculos, uma forma de ganhar fama e dinheiro. Dee Jay viu nele um lutador digno de participar do Kingston AT.

Este 8 lutadores escolhidos a dedo pelo Guerreiro Mundial se enfrentarão pelo título de cmpeão do Kingston Annual Tournament!

Prelúdio do primeiro torneio online

Manhã do dia 25 de março de 1991,

Porto de Seattle – EUA

O porto de Seattle está abarrotado nesta manhã de sábado. Não é algo incomum nesta época do ano, mas hoje não são apenas os trabalhadores em seus barcos e playboys em suas lanchas que circulam pelas docas. Há algo de estranho no ar, e não é o cheiro de peixe…

Ancorado no porto está o luxuoso iate do Guerreiro Mundial Ken Masters. Detentora de uma das maiores fortunas do mundo, a família Masters possui forte tradição militar e presença marcante na economia americana. Com a ascensão do herdeiro Ken ao título de Guerreiro Mundial, o nome Masters também ficou conhecido no submundo de lutas como uma grande patrocinadora de lutadores do circuito ilegal Street Fighter.

Uma vez por ano, Ken organiza um dos maiores torneios do leste dos EUA, para descobrir novos talentos e para se divertir é claro. E esse dia chegou. O comumente alto movimento nas docas está insuportável hoje. Pessoas do mundo inteiro vieram para ver os combates de um dos mais tradicionais torneios dos EUA; o Masters American Champioship. Mas obviamente não é só de espectadores que é feito o torneio, lutadores de várias partes do mundo vieram testar suas técnicas uns contra os outros. Somente um
ganhará o premio em dinheiro, o patrocínio da Masters Empresarial e a glória de ser o campeão deste grande evento!

Durante todo o ano que se passou, os caça‐talentos da Masters Empresarial viajaram pelo mundo em busca de lutadores novatos com grande potencial. Apenas oito foram escolhidos devido às suas características acima da média. Somente oito jovens lutadores chamaram a atenção dos rígidos “olheiros”:

T. Parson: militar do Exército Brasileiro, Parson é um soldado durão e de poucas palavras. Melhor aluno da academia das Forças Especiais de Brasília, Parson foi indicado por W. Guile, um velho amigo de batalhas.

Maxxi: ex‐morador de rua, Maxxi teve de aprender a se defender desde cedo para sobreviver no Morro do Baiano, no Rio de Janeiro. Seu estilo rústico e simples de Kickboxe é rápido e eficiente, tendo chamado a atenção dos caça‐talentos que o viram em ação em um torneio local no Rio.

Iwoata: este nativo civilizado é na verdade um renomado doutor, graduado em Medicina. Descendente da tribo Yupik, do Alaska; Iwoata encontra nos ringues uma forma de se aproximar mais de seus ancestrais nativo‐americanos e demonstrar toda sua força e espiritualidade, o que acabou chamando a atenção de diversos empresários que viram nele um novo “T. Hawk”.

Rutger “O Holandês Voador”: um enorme holandês. Ex‐membro da marinha de seu país, Rutger foi treinado por ninguém mais ninguém menos do que Zangief, o Ciclone Vermelho e tão logo entrou no circuito já chamou a atenção alheia.

Takezo Higurashi: o jovem Takezo é o que os caça‐talentos chamam de garoto prodígio. O mais jovem entre os participantes, Takezo não deixa nada a dever aos mais velhos quando o assunto é força e domínio das técnicas da sua arte, o Karatê Shotokan. Com certeza uma das grandes promessas do circuito.

Expert Parkour: um misterioso lutador. Quase nada se sabe sobre seu passado ou com quem aprendeu seus poderes místicos. Alguns dizem que ele é discípulo de Dhalsim e por isso estaria participando do torneio, mas nada pôde ser confirmado.

Yan: um jovem Thai Kickboxer inscrito de última hora no torneio. Não se sabe muito a seu respeito, exceto que era um ex-plyaboy, tendo largado uma vida de luxo e regalias pelas arenas do submundo Street Fighter.

Esmeralda Trueno: esta bela nativo-americana é descendente da tribo Thunderfoot e uma das maiores fãs de T. Hawk. Ela viaja pelo mundo tentando entender mais dessa chamada "civilização"…e para rachar umas cabeças também!

Estes lutadores enfrentarão uns aos outros em um dos maiores torneios para iniciantes do mundo; o Masters American Champioship!

A Volta de Bison

Era fim de tarde, Gill contemplava a bela aurora que o sol fazia no céu antes de dar espaço para a noite. Na varanda de sua imensa casa, Gill gasta mais sua mente pensando nos guerreiros que se oporão a ele mais uma vez quando o fim se aproximar. Seus problemas diminuiram com o anuncio que Ken Masters fez de sua aposentadoria dos ringues, mas estao longe acabar, pois Balrog acaba de sair da cadeia estranhamente e Sagat voltou ao Torneio mais forte que nunca. Mas estes problemas nao são nada para um deus.

De repente, Gill sente um tremor nas ondas energéticas na floresta ao lado de sua mansao. Pela potencia da energia, deve ser Ryu, Akuma ou Oro mas se encontra longe para se poder distinguir a nuancia da distorçao além de ser estranho, já que uma distorçao de energia so ocorre quando é usado um ataque de puro Chi. Gill resolve ir até o local da distorçao, para ver o progresso que este lutador fez.

Andando pela floresta, ele observa que as energias emanadas são de origem psiquica, o que faz ele lembrar de Rose, uma antiga Guerreira Mundial. Mais perto da origem, o ambiente muda completamente, com plantas secas, arvores mortas e capim eletricamente energizado. A onda energética psiquica nao é comum, dando par sentir uma fortíssima presença malígna nela.

Chegando em uma clareira, Gill olha para o sol, vendo que este ainda falta varios minutos para que dê espaço à noite. a energia continua fortissima, mas agora nao é possivel determinar o local exato da fonte, já que é poderoza suficiente para tomar toda a clareira.

– Entao vc é Gill, o humano que tomou o meu lugar no torneio Street Fighter. – uma voz tenebrosa atinge os ouvidos de Gill, que olha para traz, vendo um homem estremamente forte, de estatura media, vestido com um manto negro e longos cabelos negros e lisos. seus olhos incandecentes sao iluminados por uma luz azul, enquanto seu sorrizo nao deixa seu rosto por nenhum momento.)

– Humano? Como ousa rebaixar uma entidade superior a um humano? Ajoelha-te e eu terei clemencia de ti. – Gill se sente ofendido pelas palavras deste homem, e nem liga pelo que ele quiz dizer com tomou o meu lugar.

– HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA. Um Deus? Apesar de seu título render recursos, seus poderes sao tão pateticos quanto seus súditos.

– O QUÊ? COMO OUSA. VAI ARREPENDER-TE DE TER DITO TAIS PALAVRAS A MIM. PREPARA-TE SER DESPREZÍVEL. – Gill arremeça seu manto, ficando com apenas uma sunga.

– Entao….. prepare-se para ver o meu poder. HAHAHAHAHAHAHAHA. – Ele faz uma posiçao de conbate que Gill nunca viu antes, mas já tinha ouvido falar. É o Ler Drit de M. Bison. Sim, esta posiçao é inconfundivel. agora tudo está claro para Gill. este que está na sua frente é o proprio Bison.

Bison concentra energias estranhas eu seus braços, arremeçando uma força invisivel na direçao de Gill, que apenas bloqueia a energia com com os braços, se encolhendo para receber o estranho ataque. Infelizmente para Gill, o ataque penetra os braços do bloqueador, sugando a Força de Vontade deste. Gill se sente estranhamente cansado com este ataque.

Furioso com o estranho ataque, Gill desliza na direçao de Bison em uma velocidade incrivel, mas as forças psiquicas arremessadas por Bison seguram Gill, o deixando mais lento. Bison, por sua vez, salta, acertando a cabeça de Gill antes que este o atingisse com o potente soco giratório.

Bison vs Gill

Desistindo do soco por Bison ter se distanciado com o impulso do chute, Gill flexiona as pernas e adianta seus braços para o seu Pyrokinesis. o progétil de fogo passa por Bison que, antes
de tocar o chao, vai ao céu novamente, indo para as costas de Gill, atingindo este com um soco forte nas suas costas. O soco e o chute foram tao rapidos que Gill demora para se recobrar, agora se sentindo morto de cansaço.

– O que tú estás fazendo com o meu corpo. Sinto minha vontade se esvair de meu corpo divino.

– Você nao deve saber nenhuma das tecnicas que usei contra vc nao é verdade? é preciso estudar as habilidades de guerreiros que vc nao enfrentou Gill. Este ataque que vc está se referindo é o Psychic Vise, e os dois aéreos sao o Flying Heel Stomp e o Flying Punch. Como vc vê, nao há a menor possibilidade de vc me vencer. HAHAHAHAHAHAHAHAHA.

Gill pensa por alguns instantes: Nao há chances de vitoria. quem está na minha frente é um lutador muito melhor. Eu nao consegui nem mesmo encostar nele. se Eu sou um Deus, Bison é algo ainda maior. Mas ainda há uma salvaçao. há o ASCENTION. Estou cansado, mas o meu corpo nao está ferido seriamente. é isso o que farei. farei o Ascention.

Com um movimento rápido, Gill chega na frente de Bison, que, infelizmente, estava preparado para o ataque, girando o corpo e atingindo os braços do deus com uma potencia nunca antes vista. Vendo estar em uma posiçao favoravel, Gill arrisca outro Ascention. Bison, cometendo um erro de calculo, usa seu Psichic Vise, que percorre o corpo de Gill inteiramente, retirando as últimas forças que este possuia.

Gill se recobra do ataque de Bison, agora quase completamente queimado. Seu corpo, alem de sem vontade, está quase muito fraco.

– Mas…. nao entendo….. como pode…. meu Ascention ia atingir-te em cheio. Teu ataque psiquico nao tem a potencia para me levar ao aturdimento.

– HAAAAAAHAHAHAHAHA HAHAHAHAHAHA HAAAAAAHAHAHAHAHA. Viu gill? Quem é o deus agora? – Bison fala com uma voz sarcástica – Como se sente inutil por nao poder fazer nada diante de um poder superior? o meu Psichic Vise nao tinha poder suficiente para te atordoar, mas atordoou. EU SOU SUPERIOOOOOOR. hahhahahahahahahaha.

Gill se sente fraco. Ele nunca se sentiu tao humilhado na sua vida. com o corpo fraco e com vontade apenas para se levantar, Gill se sente com MEDO.

– A luta ainda nao acabou Bison. Ainda falta muito para vencer um deus. PREPARA-TE.

Em um ultimo ataque desesperante, Gill utiliza seu Ascention mais uma vez, mas desta vez, ele consegue segurar Bison.

– A LUTA ACABA AQUI Bison. EU TE DISSE QUE TU NAO PODERIAS VENCER UM DEUS. HAAAAHAHAHAHAHA.

Se levantando aos céus, gill cria asas. Uma esplosao ocorre logo depois. Quando tudo se se é possivel ver algo novamente, é possivel ver apenas Gill, pousando com suas asas angelicais.

o ambiente mudou completamente. antes havia flores secas, agora florescem novamente. antes havia arvores mortas, agora ressuscitam. Gill se snte feliz, feliz por ter derrotado um poder maior que o seu.

– Onde quer que vc esteja Bison, saiba que lutou bem, mas caçoou da força de um Deus.

– Eu sei que lutei bem Gill. Principalmente que venci a batalha.

Gill mal pode acreditar. Bison está do seu lado, ha uns 5 metros, completamente intacto. agora nao há mais brilho nos olhos. É possivel ver seus olhos negros agora. as energias psiquicas se dissiparam.

– Tenho que apenas agradecer a vc Gill. Nao estava conseguindo controlar mais as minhas energias. Elas estavam saindo do meu corpo sem que eu mandasse. Estranhamente, o chi divino de seu Ascention entrou em meu corpo e fez com que eu controlasse as minhas energias.

– Mas como???? As energias do Ascention sao completamente destrutivas. Como tu, que recebeste elas diretamente, pode fazer isso?

– Quem disse que eu as recebi diretamente? Eu usei meu Psycho Teleport para sair de perto de você antes da explosão. Você é muito previsivel Gill.

Gill mal pode acreditar. Bison o derrotou sem ao menos ser tocado. isso nao é possivel. o geito de vencer esta luta é um só. e este será o ultimo movimento.

Erguendo as asas para o alto, Gill levanta seu corpo em direçao aos ceus, pretendendo fugir o mais rapido possivel. O desespero toma conta de Gill, que apenas pensa em nunca mais encontrar o demônio chamado Bison. Ele nunca enfrentou ninguem parecido. A soluçao é apenas correr.

– Mas…. o que vc pensa que está fazendo? Correndo? vc nao é um Deus? Deuses nao fojem. Dizendo isso, Bison apenas ergue as maos na direçao de Gill, desta vez lançando energias psiquicas. ainda mais estranhas que antes. As energias psíquicas param Gill, que apenas cai de cabeça no chao. Bison pára o seu ataque e caminha em direçao de Gill.

– Levante-se Gill. Tenho pressa de poder. O que vc tem a dizer?

– Sim Mestre. – Os olhos de Gill nao sao mais os mesmos, agora tomados por uma chama azul.

Neste momento, Ken nos EUA e Ryu no Japao ouvem a risada de Bison em seus coraçoes. Ryu vê que ainda falta muito para conquistar a harmonia interior tanto desejada e Ken…. bem….Ken sente que ainda nao é a hora de parar.

Bison vence Gill

Por motivos de facilidade de compreensão, os nomes originais japoneses, utilizados pelos autores, foram substituídos pelos nomes americanos, que são os nomes divulgados no Brasil para os vilões de Street Fighter.Este conto pode ser encontrado no formato original em Burning Spirits. Foi escrito por First_Ronin, colaborador do referido site, disponibilizado aqui com sua devida permissão por e-mail. Este conto e passa um ano após o fim de Street Fighter 3: Third Strike e oferece a Narradores, a possibilidade de expandir suas campanhas com a volta de Bison e possivelmente da Shadaloo.

Apenas o Necessário

"Apenas o Necessário" é um fanfic escrito por Mariana "Umbrios" ao longo de seus anos como jogadora, não somente de Street Fighter RPG mas outros títulos da White Wolf como Lobisomem e Vampiro. Anteriormente chamado de "Steve", "Apenas o Necessário" nos conta uma bela e emocionante história de um anti-herói, marcado pelas cicatrizes do passado e sem perspectiva de futuro que se envolve com a Shadaloo contra sua vontade. Leia "Apenas o necessário" e veja a Shadaloo e o próprio mundo de Street Fighter sob outra ótica, sem maniqueísmos ou falso moralismo, esqueça tudo que sabia sobre honra, virtudes e sobre a essência do mal. Garanto que após ler este fantástico fanfic, você não enxergará Street Fighter como um mundo de heróis e vilões, mas um mundo de seres humanos.

Baixe "Apenas o Necessário" (clique com o botão direito e escolha "Salvar como…" ou "Salvar Link como…")

"Essa sua visão sombria e 'cinza' da Shadaloo é algo que todos os
narradores deviam conhecer, algo fora do maniqueísmo padrão que
aprendemos nos animes e filmes, algo que nos faz refletir, nos traz à
tona nossa humanidade esquecida. Seu fanfic é uma obra de arte para mim
e espero que não seja o último."

– Fernando Jr. conversando por e-mail com Mariana

 
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Personagens

Cuidado Spoilers!!! Esta seção detalha e expande a descrição dos personagens de "Apenas o Necessário" e não é recomendada para quem ainda não leu o fanfic. Buscamos desenhistas voluntários interessados em fazer ilustrações dos personagens, devendo se basear nas descrições abaixo. Enviem seus desenhos para [email protected] para serem submetidos à avaliação da autora visando a posterior inclusão na futura rediagramação de "Apenas o Necessário".

*Steve*

  • Geral: Steve é coreano. Portanto, ele é um oriental, com uma face um
    pouco mais quadrada, queixo mais para o triangular e o pescoço um pouco
    mais longo (característicos de coreanos). É franzino, baixinho e fraco.
    SEM músculos aparentes, por favor.
  • Altura: 1,57m (sim, ele é baixinho)
  • Peso: 57 kg
  • Cabelos: Típicos orientais, formal. Ou seja, negros, lisos, cortados curtos.
  • Olhos: O estilo de desenho do Street Fighter normalmente não passa
    muito idéia de "oriental", por ser mangá. Mas uma idéia seria usar o mesmo estilo de
    olhos de Honda, que são mais orientais que os do Ryu, por exemplo. Um
    pouco mais suaves que os olhos do Honda, já que Steve passa quase todo
    o tempo sorrindo. Seja apenas internamente ou abertamente.
  • Tipo físico: franzino, magro e fraco, mas elegante e com um ar de
    dignidade, não patético. Uma idéia do tipo físico, embora meio "furry",
    seriam os gatos siameses orientais do Swat Cats.
  • Roupas: Steve prefere roupas ocidentais, e, como Mina reclama, se veste
    de " executivo". Terno e gravata são suas roupas típicas.


*Soojin (criança -11 anos):*

  • Geral: Mesmo criança, Soojin já deixava transparecer que se tornaria em
    um adulto forte. Ele é alto para a idade, mas as feições orientais são
    mais pronunciadas que os traços que herdou do pai. Seu rosto ainda é
    mais arredondado, com apenas uma sugestão de que seu queixo irá ficar
    quadrado, como o do pai (embora no queixo já haja a covinha
    característica do Bison). O nariz ainda tem o contorno mais suave da
    infância, mas as orelhas são grandes (não sei se você já notou, mas o
    Bison é super orelhudo). As feições são infantis.
  • Altura: 1,65 (sim, ele já era um menino alto… afinal de contas, o Bison é gigante)
  • Peso: 70 kg (de músculo)
  • Cicatrizes: desde os quatro anos, Soojin tem uma cicatriz circular em
    torno do seu olho esquerdo, provocada por um Sonic Boom de Guile. A
    cicatriz forma um círculo perfeito em torno de seu olho.
  • Cabelos: Uma criança, afinal, portanto, revoltos. Mas curtos. Castanhos bem escuros, quase negros.
  • Olhos: Castanho escuros, amendoados, estilo "criança de anime".
  • Tipo físico: Soojin é uma criança FORTE. Mesmo criança, seu corpo já
    deixa transparecer músculos e treino, que vão ficando mais evidentes à
    medida em que ele vai crescendo. Sua postura corporal lembra MUITO a de
    Bison, mesmo nessa idade, parando ereto, com a coluna sempre reta.
  • Roupas: Soojin foi treinado para usar roupas ajeitadas, mas ainda é uma
    criança. Por vezes, aparece de terno no texto, mesmo quando criança,
    mas suas roupas normais são uma camiseta pólo branca e calças de
    uniforme escolar, azuis com uma listra branca ao lado.



*Soojin (adulto):*


  • Geral:
    Quando cresce, Soojin passa a se parecer mais descaradamente com
    Bison, afinal, traços marcantes de Bison, como seu grande queixo
    quadrado e o formato peculiar de seu nariz, são coisas que tomam forma
    na puberdade. Queixo e nariz como os de Bison, mas seus olhos continuam
    amendoados e tendo íris e pupilas… e a cicatriz no olho esquerdo
    continua, também. O corpo toma forma, com músculos, especialmente os
    peitorais (bem quadrados) e os das pernas, como Bison. Basicamente, é o
    desenho do Bison, com algumas variações (cicatriz, olhos, roupas).
  • Altura: 1,87
  • Peso: 95 kg (ainda só de músculos)
  • Cicatrizes: Para além da cicatriz circular no olho esquerdo, se a
    figura for de perfil, é possível visualizar a cicatriz do bumbum… não
    que ela em si apareça (seria de mal gosto), mas em figuras de perfil o
    bumbum deve ser quase chato, sem definição de músculos, diferente do
    que seria normal.
  • Cabelos: Castanho bem escuro, quase negros. Ele admite ser filho do pai
    que é, e os usa curtos com costeletas. Mas ao invés do boné militar,
    cabelos curtos do lado e deixados crescer um pouco mais no topo, com um
    mínimo de franja.
  • Olhos: Ainda amendoados, embora agora, olhos mangá adultos. Um modelo
    seriam os olhos de Ryu, que teoricamente também são "orientais".
    Lembrar da cicatriz no olho esquerdo.
  • Tipo físico: Musculoso, muito musculoso, tendendo a usar poses "pressão" como Bison.
  • Roupas: Quando quer chutar o pau da barraca, um uniforme como o de
    Bison, mas negro. Mas nos dias normais, suas roupas são mais simples,
    embora ainda um pouco mais formais. Uma calça social clara com uma
    camisa pólo vermelha, talvez, ou um conjunto social sem gravata. Ao
    contrário da maioria dos personagens de street fighter, ele usa
    sapatos, e no caso desses prefere a praticidade dos coturnos aos
    sociais, geralmente (mas mantendo a barra da calça sobre o coturno, não
    prendendo a barra dentro do cano do coturno).


*Issacson "Sacs" Belmonte:*


  • Geral:
    Os dois irmãos Belmonte tem feições parecidas, e marcadamente
    italianas. Narizes romanos, testas altas, sobrancelhas largas, feições
    claramente ocidentais, rostos mais para o retangular. Ambos são
    atléticos e um tanto musculosos, mas menos que Soojin quando adulto,
    com um ar de "destreza", para além do ar de força. Sacs é um pouco
    maior que Tony, e seu tom de pele um pouco mais escuro, enquanto seu
    cabelo e olhos são mais claros. Uma dica sutil ao colorir seria usar
    alguns tons de azul para o sombreamento, não o suficiente para dar à
    sua pele um tom de azul, mas apenas o suficiente para parecer uma
    escolha artística… e ao mesmo tempo, dar uma sugestão sutil sobre sua
    natureza de troll.
  • Altura: 1,84
  • Peso: 84kg
  • Cicatrizes: Sacs perdeu a mão direita em sua luta com Juan, e embora a
    mão tenha sido reimplantada, a cicatriz permanece. A cicatriz é
    disforme, como se fosse de uma rachadura, circunda todo o braço mais ou
    menos no meio do antebraço, mas se estende um pouco para frente, em
    direção ao punho, na parte de cima, e um para trás, pelo cotovelo até
    quase o ombro, na parte de baixo do braço.
  • Cabelos: Castanho claros, curtos, ordeiros como os de um bom médico.
  • Olhos: Azuis gelo, claramente ocidentais, bondosos.
  • Tipo físico: Sacs é atlético, um pouco mais musculoso que Tony (embora
    seus braços sejam menores que os dele), e menos musculoso que Soojin.
    Seu braço direito é visivelmente menor que o esquerdo, e os seus
    músculos mais bem delineados são os das pernas.
  • Roupas: Sacs normalmente usa camisas sociais de manga comprida, para
    disfarçar a cicatriz, calças sociais brancas e sapatos sociais brancos
    também, aproveitando-se do fato de ser médico. Ele NÃO usa jalecos fora
    do consultório (nenhum BOM médico faz isso, é falta de higiene), mas as
    roupas brancas são uma medalha da profissão que ele usa com orgulho.



*Anthony "Tony" Belmonte:*


  • Geral:
    Como dito antes, os dois irmãos Belmonte tem feições parecidas,
    e marcadamente italianas. Narizes romanos, testas altas, sobrancelhas
    largas, feições claramente ocidentais, rostos mais para o retangular.
    Tony tem braços mais musculosos que os de Sacs, mas o resto do corpo
    tem os músculos menos marcados. Seus olhos e cabelos são mais escuros,
    mas sua pele tem o tom pálido vampírico. Seus caninos, mesmo quando não
    está mostrando as presas, são um pouco pontiagudos, mais compridos que
    o normal. Ele é um pouco menor que o irmão.
  • Altura: 1,82
  • Peso: 80kg
  • Cicatrizes: Tony não tem nenhuma cicatriz visível.
  • Cabelos: Castanho de um tom médio para o escuro, não chegam a ser compridos, mas são revoltos, de um tamanho mais para o médio.
  • Olhos: Cinzentos, ligeiramente esverdeados.
  • Tipo físico: Tony é menos musculoso que Sacs ou Soojin, mas os músculos
    de seus braços são bem definidos, como o da maioria dos lutadores de
    jiu-jitsu. Seu porte é atlético.
  • Roupas: Tony abraçou o lado brujah da não vida. Camisas pretas com
    estampas de banda, caveiras ou o símbolo da anarquia, jaquetas negras
    de couro, calças jeans rasgadas, tênis preto.



*Jake:*


  • Geral:
    Jake FOI um lutador… mas não é mais. Aleijado, sem o uso das
    pernas, agora seu mundo está numa cadeira de rodas. O único do time a
    usar cabelos compridos, testa alta, sobrancelhas finas, nariz mais para
    o pontiagudo, rosto mais triangular, magro e anguloso, competindo
    fortemente com Sacs pela imagem de intelectual do grupo, Jake ganha do
    médico por usar, hoje em dia, óculos.
  • Altura: Se conseguisse ficar de pé, 1,78m.
  • Peso: 64kg.
  • Cicatrizes: Jake foi aleijado pelo ataque de Tony e do Sabbat à
    Shadaloo. Usa cadeira de rodas, e suas pernas, hoje sem nenhum
    movimento, sofreram a atrofia comum a paralíticos, sendo finas e
    frágeis para o seu tipo físico. Além disso, Jake tem uma cicatriz no
    pescoço e uma no ombro, causadas por mordidas de vampiros.
  • Cabelos: Castanhos de tom médio, compridos, normalmente presos em um rabo de cavalo.
  • Olhos: Castanhos dourados, escondidos atrás de óculos de aro redondo.
  • Tipo físico: Jake foi musculoso, mas hoje é magro. Suas pernas são
    finas, desproporcionalmente ao corpo, como acontece com paralíticos.
    Seus braços são mais musculosos, com músculos bem definidos, mas não
    grandes. Seu ar é mais intelectual.
  • Roupas: Jake não se preocupa muito com o que veste, nem tem um estilo
    específico. Se houver mais de uma ilustração em que ele apareça, ele
    poderia aparecer com uma roupa diferente em cada uma.


*Ned:*


  • Geral:
    Ned gostaria de ter a aparência de um grande vilão, mas seus
    olhos claros e cabelo loirinho ligeiramente ondulado o deixam mais com
    cara de anjinho, o que ele detesta. Seu rosto é o americano comum, sem
    traços notáveis.
  • Altura: 1,79
  • Peso: 78kg
  • Cicatrizes: Um par de cicatrizes causadas por algemas, nos punhos.
  • Cabelos: Loiro, cabelos ondulados estilo "mauricinho", com um indefectível topete. Curtos.
  • Olhos: Verdes.
  • Tipo físico: Ned é atlético, não tão musculoso quanto outros lutadores. Não tem um tipo físico exatamente notável.
  • Roupas: Ned queria ser um grande vilão do mal. Por isso, adora
    sobretudos pretos, com roupas inteiramente pretas: calça, coturnos,
    camisa, tudo negro, o que ele acha ser roupa de vilão. Ele tenta fazer
    poses pressão, mas não é exatamente bem sucedido nisso.



*Dave:*


  • Geral:
    Dave faz o tipo "capanga padrão", aquele tipo de gente que há às
    dúzias em qualquer filme de ação, para ser espancado pelo mocinho, cair
    e ninguém pensar mais nisso. Suas feições são comuns, embora tenha
    músculos suficientes para ser um lutador, seu corpo é simplesmente
    atlético, não exatamente musculoso.
  • Altura: 1,75
  • Peso: 76kg.
  • Cicatrizes: Incrivelmente, nada que chame a atenção.
  • Cabelos: Castanhos, bem curtos, com umas entradas na fronte que ele
    tenta disfarçar deixando o cabelo um pouco mais comprido no topo.
  • Olhos: Castanhos.
  • Tipo físico: Atlético, mas nada que chame a atenção.
  • Roupas: Dave não quer chamar a atenção. Ele preferiria desaparecer na
    multidão. As melhores roupas para isso são tênis, calça jeans no azul
    jeans habitual e camisetas brancas sem nada de especial, por isso é o
    que ele usa.


*Mina:*


  • Geral:
    Mina é uma garota bonita, de feições asiáticas, coreana, ou
    seja, face um pouco mais quadrada, queixo mais triangular, pescoço um
    pouco mais comprido. Bem humorada, ela gosta de roupas de aspecto
    feliz, e pinta o cabelo de cor de rosa, não demonstrando, normalmente,
    ser uma ninja assassina finamente treinada. Suas cores favoritas são,
    nessa ordem, rosa, lilás, verde e vermelho, e ela costuma usar
    acessórios dessas cores, ou brancos.
  • Altura: 1,59 (mesmo Mina é um pouco mais alta que Steve).
  • Peso: 55kg (ela também é bastante musculosa).
  • Cicatrizes: Mina não tem nenhuma cicatriz visível.
  • Cabelos: Cor de rosa pink, compridos, mais volumosos do que seria
    normal para uma oriental, mas ainda assim, bem lisos, com uma franjinha
    discreta.
  • Olhos: O amendoado asiático, castanhos escuros quase negros.
  • Tipo físico: Mina é magra e atlética, com corpo extremamente
    proporcional. Ela não tem curvas muito pronunciadas (é asiática,
    afinal), mas como coreana, tem mais seios do que a maioria das
    japonesas teria. Seu corpo, moldado com uma quantidade razoável de
    exercícios desde pequena, é bem bonito, com músculos bem definidos nos
    braços e pernas.
  • Roupas: Normalmente Mina gosta de vestidos floridos de cores claras,
    cor de rosa, lilás, verde ou mesmo brancos com delicadas estampas
    vermelhas. No máximo, em situações onde um vestido pode ser pouco
    prático, usaria um macacão estilo jardineira e uma camisa de estampas
    alegres. De sapatos, sandálias, e ela pode colocar chapéus de verão,
    claros, ou flores no cabelo. Para trabalhar, no entanto, Mina usa as
    tradicionais roupas negras do ninjútsu.

Névoa Venenosa

Um corpo voa pela janela de um bar, espalhando cacos de vidro na frente de Dehrik, no momento em que este virava a esquina. Faíscas de eletricidade correm pelo corpo da vítima, como se algo o tivesse eletrocutado recentemente. Atrás dele, o leopardo de sua parceira, Sombra, se assusta.

Pantara abaixa-se próximo ao corpo caído, em um misto de tensão e curiosidade.

Ele está vivo, – ela diz a Dehrik.

Dentro do bar, ouve-se o barulho de alguma coisa caindo sobre mesas, fazendo-as se partir. Provavelmente outros corpos.

Isso faz com que eu me sinta em casa. – Dehrik vira seu olhar em direção à porta do estabelecimento.

Dehrik, – Pantara adverte-o, – Controle seu ímpeto. Nós temos um torneio amanhã. Precisamos de você no ringue, não na cadeia.

Eu ficarei bem, – Dehrik afirma. – Você vem?

E precisa perguntar? – Os lutadores adentram um pequeno bar. Ventiladores rodam vagarosamente sobre suas cabeças, tentando em vão dispersar a fumaça de cigarro.

 


****************

Quem é o próximo? – diz um homem alto que está em pé, de óculos escuros e com um sobretudo comprido até os pés.

Dois homens encontram-se atirados à sua frente, junto a pedaços de mesas e cadeiras por toda parte. Os olhos do homem alto faíscam por trás dos óculos, fazendo-os brilhar na tênue luz do estabelecimento. Mesmo por trás dos óculos escuros é possível notar um brilho azul irreal, como um misto de fogo e eletricidade. As outras pessoas que estão no bar encontram-se paralisadas de medo.

Covardes. – A voz do homem alto ecoa pelo lugar. – E vocês chamam a si mesmos de guerreiros! Eu os chamo de lixo! – O homem alto pega um lutador pelo pescoço e o ergue no ar com apenas uma mão, com a outra prepara-se para acertá-lo.

Se eu fosse você, – Dehrik interrompe-o abruptamente, – não faria isso.

Dehrik… – Pantara falou baixo. Seu leopardo ronronou em desaprovação. O homem alto virou seu rosto em direção aos recém chegados, largando a sua vítima em um canto, como uma criança larga um brinquedo sem utilidade. Faíscas azuis dançando ao redor de seus olhos, por trás dos óculos.

Então um desses molengas possui uma lingua, – ele diz, sorrindo para Dehrik e Pantara, examinando-os cuidadosamente. – Ei, eu conheço você! Você é Dehrik Savitch, o moleque do Brooklyn!

Dehrik cerrou os punhos. O sangue subindo à cabeça. A raiva transparecendo por seus olhos.

Eu acho, – ele responde, tentando se controlar ao máximo, – … que não entendi direito o que você disse.

Eu usarei palavras mais simples para você entender. – O homem alto ri em desdém; – cai fora, garoto. Lutar é coisa de adultos. Crianças como você podem se machucar. Podem até morrer.

Talvez, – disse Dehrik, – você poderia me dar uma demonstração?

Pare, Dehrik. – Pantara toca seu ombro, Sombra ruge para Dehrik. – Ele está tentando irritá-lo.

O garoto possui uma namoradinha, – grasnou o homem alto. – Que bonitnho. – Pantara inconscientemente ficou vermelha de vergonha, e quase instantaneamente respondeu:

Eu já derrotei oponentes maiores e mais fortes que você – disse furiosa. – se você quiser lutar conosco, se inscreva no torneio e nos vemos no ringue amanhã.

Eu acho que não. – Três homens de olhos brilhantes como o primeiro se adiantam de cada lado, como se emergissem das sombras, com casacos de couro preto e óculos escuros. – Eu e meus amigos queremos nos divertir hoje. – Dehrik notou que o bar estava apinhado de gente, alguns tentando escapar sem que o homem alto notasse.

Não precisamos destruir o bar, – disse Dehrik, o mais calmamente que pode, pensando em livrar os inocentes daquela batalha. – Vamos para fora.

Não, – respondeu o homem alto. Faíscas saltavam de seus olhos. – Vou esmagá-lo aqui mesmo.

Você fala demais, – Dehrik salta em direção ao homem. Sombra se joga em combate contra outro deles. Pantara se põe em posição de luta enquanto dois homens se aproximam dela.

Dehrik e Pantara


O homem alto movimenta-se como uma cobra preparando o bote sobre Dehrik, fitando-o nos olhos. Dehrik sente uma vertigem, um frio na espinha que ele não pode explicar, porém seu golpe já estava preparado e um poderoso chute giratório acerta o homem alto, mandando-o longe. No outro lado do bar, Sombra está engajado em combate com outro homem que consegue lhe acertar uma facada, fazendo-a recuar de dor. Pantara, preocupada distrai-se por um momento recebendo um ataque pelas costas. Honra, aparentemente, não é o forte deles, pensa consigo mesma. Irritada, joga uma mesa contra as costas do agressor de seu leopardo.

Enquanto isso, Dehrik solta um grito de Guerra enquanto eletrocuta outro dos capangas. Em instantes o local vira uma zona de Guerra, com lutadores se golpeando por todos os lados, clientes escondem-se atrás do balcão, juntamente com os empregados do estabelecimento. Esta luta de bar faz Dehrik lembrar os velhos tempos no Brooklyn, quando era apenas um marginal de rua. Algo está errado. Dehrik sente-se estranho como se estivesse agindo por instinto e sua mente estivesse em outro lugar. De repente ele vê a si próprio alguns anos mais jovem. Stoner, o seu mentor, grita comandos para ele, que ele não deve lutar apenas por lutar. Que fazendo isso, de nada adiantaria o treino árduo a que se submetia. – Não jogue seu trabalho fora, – Stoner dizia!

Pantara trocava golpes com outro capanga quando notou que o olhar de Dehrik estava “vazio”. – Dehrik, – ela gritava para ele, – atrás de você! – Antes que ele pudesse fazer alguma coisa, um capanga lhe atingiu uma facada nas costas.

O aço gelado cortando sua pele. As coisas estavam ficando sérias. A raiva tomou conta de sua mente e Dehrik sentiu-se como nos tempos do Brooklyn. A resposta á facada veio em um turbilhão de revolta sem honra, técnica ou glória. Cada lutador possui um lado negro, e o homem alto conseguiu trazer a de Dehrik á tona, conseguiu enegrecer seu coração.

O que veio a seguir foi o som de mesas quebrando e vidros se partindo, misturado com o som de gritos de agonia e de raiva. A raiva de Dehrik dava um novo rumo à batalha, em uma fúria cega, golpeando seus oponentes, inclusive derrubando o que lhe tinha acertado a facada. Pantara encontrava-se encurralada entre dois homens, enquanto que o homem alto estava agora frente-a-frente com Dehrik…sorrindo. Um Chi negro e quente envolveu a mente de Dehrik, que só pensava em matar seu oponente, – Mate-o – dizia uma voz em sua cabeça, uma voz fria e calma. Dehrik já não se lembrava dos ensinamentos de Stoner. Dehrik possuía agora um olhar sombrio.

Pantara que liquidara um de seus oponentes e escapara do outro para ajudar Dehrik, desfere um poderoso chute contra o homem alto, que apenas ri da sua inútil tentativa, desviando-se calmamente. Dehrik cerra seus punhos até fazê-los sangrar.

O homem alto se aproxima de Dehrik rapidamente, e de repente ele se vê em um misto de medo e raiva. Seu coração bate aceleradamente sem saber o que fazer, sua camiseta molhada de suor parece extremamente pesada. O homem alto lhe acerta um gancho no queixo. A voz em seu ouvido diz para matá-lo novamente.

A raiva é a única coisa que importa agora, ela faz Dehrik esquecer do medo, esquecer de Pantara, esquecer de Stoner, esquecer dele próprio. Dehrik só quer matar seu oponente custe o que custar. Ele perde completamente seu auto-controle. Dehrik passa a atacar seu oponente impiedosamente visando os órgãos vitais, lutando da forma mais desonrada que Pantara já viu. O homem alto já não consegue acompanhar os movimentos de Dehrik, perdeu seu sorriso sarcástico em meio aos golpes e ao sangue escorrendo de seu rosto, as chamas em seus olhos apagaram-se. Stoner ensinou bem seu discípulo, mas a vida e o instinto de sobrevivência lhe ensinaram ainda melhor.

Shock Treatment

Dehrik aperta com força o pescoço do homem alto, no mesmo instante que descarrega um poderoso Shock Treatment fazendo o esqueleto de seu oponente reluzir em fachos de luz. Pantara horrorizada diz para Dehrik parar, o homem alto apenas grita em agonia. Repentinamente, um golpe acerta forte a nuca de Dehrik fazendo-o cair. Uma onda de paz apaziguou um pouco sua fúria. – Controle sua fúria, ela é sem sentido. – Dizia uma voz com um sotaque indiano. – Fique calmo ou terei de machucá-lo, – Dehrik ainda conseguiu se virar e fitar os olhos brancos de Dhalsim antes de desmaiar…


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Dehrik, acorda meio tonto por causa do golpe que o fez desmaiar. Fôra Dhalsim, o Guerreiro Mundial que pelo visto lhe atacou pelas costas. No chão a sua frente, está uma marca feita com fumaça e cinzas, semelhante a um corpo, como se o homem alto tivesse sido carbonizado pelos golpes de Dehrik.

Mas que inferno? – Dehrik estava tenso e confuso.

Inferno é um termo inapropriado para isto, – disse a voz de uma jovem mulher. Dehrik olhou em volta e viu uma garota chinesa em um sobretudo – Chun Li, outra Guerreira Mundial.

Dehrik estava em um misto de espanto e medo. Estariam eles na cidade por causa do torneio? Se eles formassem um time a derrota de Dehrik e Pantara já estava certa. Será que ele assassinou o homem alto? Dehrik tentava controlar sua confusão mas não conseguia. Ele devia ter ouvido a voz de Stoner.

Vamos, levante-se! – Chun Li pegou-o pelo braço. – Nós temos de ir! – Dhalsim e Pantara aguardavam ansiosos, atrás deles, o bar completamente destruído. Dehrik tentava ficar em pé, mas um misto de fraqueza e medo faziam com que a rua inteira girasse em sua cabeça. Sentia-se perdido e sem esperança. – Quieto, – Chun Li xingava-o, ela tentava escutar algo. Sirenes de polícia podiam ser ouvidas ao longe, mas cresciam rapidamente.

Como ele está? – Pantara se abaixava ao seu lado.

Ele está sofrendo os efeitos da Névoa Venenosa, – Chun Li afirmou. – Ele está mal agora, mas ficará bem.

O que é a Névoa Venenosa? – Pantara estava curiosa.

Dhalsim chama ela de ‘Chi Negro’, – respondeu a Guerreira Mundial. – Os Revenants podem corromper o Chi de um guerreiro, tornando-o uma força de raiva ao invés de harmonia.

Amor, – Dehrik murmurou. Sombra lambeu sua face. – Eu irei sobreviver? Pantara limpou o sangue do rosto de Dehrik. Ela sorriu para ele, ele fêz caretas de desconforto. – Eu sinto como se estivesse me despedaçando por dentro!

Você irá sobreviver.

Isso é bom.

Sirenes soam à distância, crescendo de volume rapidamente.

Nós podemos conversar em outro lugar, – disse Chun Li, se virando para Dhalsim. – Nós temos de ir!

O que está acontecendo comigo? – Dehrik perguntou para Pantara, caminhando com dificuldade, escorado no ombro de sua companheira, seguidos pelos Guerreiros Mundiais.

Você já ouviu falar da Shadaloo? – perguntou Chun Li. Os jovens lutadores balançaram suas cabeças em negação. – Eles são corruptos, ela continuou, sua voz tornou-se ríspida, ladrões, criminosos, terroristas, assassinos.

Aqueles caras trabalhavam para eles?

Sim, – Chun Li respondeu. – Eles são Revenants, servos sem coração do Lorde Bison. Eles infectaram seu Chi.

Como? – Dehrik já consegui ficar em pé, com dificuldade.

Você permitiu que eles envenenassem seu Chi com seu temperamento violento. – Disse Dhalsim calmamente. – Os Revenants apenas são capazes de trazer o seu pior lado à tona, enxendo sua mente de toxinas psíquicas. Névoa Venenosa.

Mas por que eles fizeram somente comigo?

Você sabe bem que sua índole violenta é sua maior característica, Dehrik Savitch, – disse Chun Li. – Provavelmente eles planejaram lhe corromper antes do torneio de amanhã, esperando que você machuque ou mate alguém importante para você. – Savitch e Pantara se olharam assustados. – Bison se alimenta do poder dos guerreiros que ele corrompe, e depois faz com eles trabalhem para ele na Shadaloo.

As ruas estão escuras e chuva desce sutilmente. A luz tênue de postes ilumina os guerreiros na fria noite. Ao longe é possível ver as viaturas investigando o local da briga.

Quem é ‘Bison’? – perguntou Pantara, – e o que ele quer com este torneio?

…e como nós podemos encontrar ele? – Dehrik adicionou.

Chun Li sorriu sem graça. – Nós somos aliados então?

Pode ter certeza, – ele respondeu, – Eu quero acabar com ele. – Ao lado dele, Pantara assentiu.

Dhalsim balançou a cabeça em desaprovação: – Você tem que controlar sua fúria, guerreiro. Ela põe todos nós em perigo se você não aprender a dominá-la. – Dehrik não disse nada. – Eu posso ajudá-lo, se você quiser aprender, – o mestre ofereceu.

Eu aceito.

Isto parece um casamento, – Pantara riu.

E não deixa de ser, – disse Chun Li.

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Este conto é parte integrante do suplemento Segredos da Shadaloo.

Chun-Li e Dhalsim