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Jogador de RPG há 14 anos, tendo 2 anos de experiência narrando SF RPG ininterruptamente e depois mais algumas crônicas avulsas e aventuras one-shot neste que é seu RPG favorito. Também já mestrou 3D&T, GURPS, d20/D&D (2 a 3.5), MERP, Daemon/Trevas e cenários Storyteller em geral.

Pirâmide do Poder

A Shadaloo permanece como a sólida e imóvel pirâmide da miséria e exploração. A hierarquia da Shadaloo utiliza o poder lendário da antiga forma geométrica da pirâmide, com suas três pontas.

Na base desta pirâmide negra vivem as gangues, pequenos operários visando dar lucro ao seu mestre M. Bison. A base da pirâmide é larga; atividades ilegais existem em todas as formas e em todas as nações. Dinheiro e poder fluem por esta pirâmide até o ápice, a Ilha de Mriganka e o trono de M. Bison.

No topo está o Mestre Negro, o único meio de subir esta pirâmide ou destruí-la. Muitos tentaram. Nenhum conseguiu.

O Império do Crime

Os crimes da Shadaloo são muitos: tráfico de drogas, escravidão, corrupção governamental, vício, extorsão, assassinato por encomenda, armas e tecnologia negociada através do mercado negro, crimes ambientais e assaltos diretos. O crime alimenta a fraqueza da humanidade. No mundo sombrio dos Street Fighters, o crime tornou-se um grande negócio e a Shadaloo tornou-se uma organização com fundos ilimitados. A cada nível da pirâmide, muitos crimes são cometidos e muito dinheiro é gerado. Como um funil, grandes somas deste dinheiro vão parar em Mriganka e consequentemente nas mãos de M. Bison.

Como um excelente estrategista, Bison entende este crescimento, fazendo com o dinheiro flua de maneira natural dentro das organizações; recebendo boa parte do lucro e se encarregando de esmagar as gargantas de quem se opor a ele. Enquanto este império está estável, Bison mantém-se no topo da pirâmide enchendo-se de tolos e corruptos ao seu redor.

Pirâmide do Poder da Shadaloo

Níveis da Pirâmide
A estrutura de poder da pirâmide da Shadaloo é rigidamente dividida entre as diferentes classes de criminosos. Os níveis mais altos, ou níveis de comando, controlam os níveis mais baixos, decidindo qual rua ou cidade é de qual gangue ou facção.

A Base da Pirâmide
Gangues e criminosos de rua compõem a base da pirâmide. Estes desesperados homens e mulheres roubam, trapaceiam e matam todos em seu caminho. Embora muitos acreditarem que dominam seus destinos, são meros peões nas mãos dos grandes chefes. Líderes de gangues são obrigados a passarem parte dos seus lucros para os grandes chefes, que influenciam todas as forças policiais e organizações políticas da região permitindo às gangues que continuem com seu trabalho sujo.

A influência da Shadaloo planta seus frutos em todas as sociedades: prostituição, consumo de drogas, extorsão e assalto. Equipados com todo tipo de armamento e munidos de guerreiros inescrupulosos, estas gangues fazem todo o trabalho sujo da organização em todas as partes do mundo.

Muitas gangues de rua decidem não seguir mais os comandos dos Grandes Chefes. Estes renegados tem um prêmio oferecido por suas cabeças. Também há aqueles que conseguem executar suas atividades sem atrair a atenção dos Grandes Chefes, porém isto os limita a serem para sempre uma pequena gangue sem influência dentro de uma pequena cidade ou bairro. Mais cedo ou mais tarde estas pequenas gangues precisam de ajuda. É quando a Shadaloo empresta seus favores e consegue a lealdade de mais seguidores.

Os Chefes

O próximo nível do monumento do crime de Bison são os Chefes; poderosos gangsters que controlam o crime dentro de seus territórios. Alguns desses chefes são simples homens e mulheres que foram inteligentes o bastante para esculpirem seu domínio sobre uma cidade inteira. Outros são poderosos guerreiros, Street Fighters que se sujeitaram à Shadaloo visando aumentar a sua segurança ou por medo. De qualquer maneira, chefes são difíceis de derrotar, e se um deles cai, outro toma rapidamente o seu lugar.
Muitos chefes controlam uma cidade ou bairro. Grandes cidades podem ter diversos chefes, que comumente gastam a maior parte de seu tempo enfrentando-se. Cada chefe comanda uma pequena força de combate – ninjas, gangsters, agentes secretos e mercenários. Estes chefes respondem a um “conselho regional”, que dita as regras, colhe os lucros e resolve as freqüentes disputas entre chefes.

A maioria dos chefes lideram pequenas organizações, como a Yakuza ou a Máfia, alguns chefes estão ligados a organizações menores ainda, mas que fazem parte de organizações maiores controladas por seus Lordes (o próximo nível na hierarquia).

Outros chefes estão vinculados a grupos de assasinos, quadrilhas de ladrões e até clãs ninjas.

Como maior exemplo, é comum mencionar Sagat, Vega e Balrog que tecnicamente são considerados chefes dentro da hierarquia da Shadaloo, formando o time chamado Generais de Bison. Na realidade os três são Guerreiros Mundiais altamente respeitados e temidos por todos dentro da Organização, com exceção de Bison é claro. Eles coordenam suas próprias atividades, mas não obedecem ordem alguma a não ser as de Bison (os Lordes ou a Tríade do Dragão não exercem nenhuma influência).

Sagat controla uma pequena área em Bangkok, mas basicamente passa o seu tempo todo praticando. Vega comanda a sua organização de assassinos na Espanha e Balrog serve Bison em Las Vegas (Balrog na verdade deixa outras pessoas tomarem conta de seus negócios e apenas quebra algumas cabeças quando é preciso). E por fim, o novato FANG tem seu próprio clã de assassinos chineses.

Bison - Senhor da Shadaloo

Os Lordes

Envoltos em segredo, os Lordes trabalham diretamente com os governantes dos estados e países. Cada Lorde comanda dúzias de chefes, coordenando suas atividades e conduzindo-as a objetivos maiores de acordo com as ordens de M. Bison e da Tríade do Dragão. Lordes controlam imensos territórios como o Lorde da Califórnia ou até mesmo países, como o Lorde do Brasil.

Todos os Lordes encontram-se em conselhos para se conhecerem, uma vez que existem milhares de Lordes espalhados pelo mundo, cada conselho comumente agrupa 100 deles. Cada Lorde é escolhido ou deposto pessoalmente por M. Bison ou um de seus generais (Vega, Balrog, FANG e Sagat). Muitos Lordes são Street Fighters poderosos que conquistaram esta posição graças ao seu trabalho duro. O resto são criminosos puramente inteligentes e manipuladores que não durariam 3 segundos em uma luta, mas que dariam um jeito de mandar alguém lhe matar em pouco tempo.

Cada Lorde reporta suas ações no mínimo uma vez por ano diretamente com M. Bison. Os Lordes evitam confrontos diretos para se manterem no anonimato, tendo exércitos de capangas ao seu comando e até mesmo excelentes Street Fighters. Os Lordes têm acesso aos mortais Revenants de Bison e dependendo da ocasião até mesmo a ajuda de um Guerreiro Mundial que esteja associado à Organização.

Poucas pessoas sequer ouviram falar dos Lordes. Rumores contam que alguns deles possuem habilidades psíquicas como Bison e outros possuem acesso a alta tecnologia, tornando-os ciborgues. Mas as informações acerca dos Lordes são todas vagas, passando-se por boatos até mesmo dentro da Shadaloo.

O Narrador tem total liberdade para criar as identidades e poderes de um Lorde.

Tríade do Dragão

Para saber tudo sobre a Tríade do Dragão, leia este post.

Ordem da Unidade Celestial

Para saber tudo sobre a Ordem da Unidade Celestial, leia este post.

Poder Político

Criminosos não são confiáveis. Cada facção dentro da Shadaloo vê os outros e a si próprios como inimigos em potencial, sempre esperando uma facada pelas costas. A delicada balança do poder é mantida pela intimidação, pelo medo, pelos poderes psíquicos de Bison e pelos seus generais – Sagat, Vega e Balrog.

A constante escalada em busca de poder dentro da pirâmide da Shadaloo torna‐a rotativa, estando sempre em mutação, trocando Chefes e Lordes o tempo inteiro; o que se torna um problema e uma solução. A rotatividade dos membros da Shadaloo mantém todos sempre “espertos” pois a rotatividade comumente ocorre por assassinato, o que diminui a chance de traição dentro dos mais altos escalões de poder. Esta é a solução sob a ótica de Bison. O problema é que isto garante à Interpol a oportunidade de infiltrar agentes dentro da organização, porém somente na base ou entre os Chefes. Bison deixa poucas brechas entre os Lordes, mas nem pensar em colocar um agente infiltrado dentro da Tríade do Dragão ou entre seus generais (Sagat e Cia.). Ainda assim, é o melhor que a Interpol tem conseguido todos estes anos. Como Musashi disse certa vez, enquanto o guerreiro tiver vontade de lutar, ele não estará derrotado.

Logo da Shadaloo

Rude Despertar

Nick Fontana

Este é o dia, Nick Fontana disse para si mesmo.

Ninguém com mais de 20 anos acharia este comentário divertido. Muito menos alguém com 18 para 19 anos (como Nick) entenderia sua excitação…na verdade, ninguém entenderia.

Este é o dia, ele disse para si mesmo novamente. Este é meu dia. Seu primeiro confronto oficial no Circuito Street Fighter. Não, ele corrigiu a si mesmo mentalmente, minha primeira vitória no circuito. Sim, este será um dia a ser lembrado.

Ele estava preparado. Preparado como nunca havia estado antes. Ele sabia disso. Ele sentia isso. Ele estava rápido e flexível como uma cobra. Ele tinha um par de olhos de predador, para avaliar as fraquezas do oponente e um instinto assassino que poderia intimidar o mais poderoso dos vilões. Ele estava ansioso e preparado para chutar uns traseiros.

Nick saltou para fora do vestiário, onde ele vestia sua roupa. Ele estava pegando fogo por dentro, e começou a exercitar alguns combos no ar – um Fierce de ferro no queixo, Dragon Punch e Power Uppercut. Ele podia ouvir suas mãos cortando o ar, se sentindo o protagonista de um dos muitos filmes de Kung Fu que assistiu durante a infância. Me dê um par de palitos japoneses, ele pensou cerrando os dentes, e nenhum vôo em Mobile é seguro.

Mobile. Mobile, Alabama. A avenida onde marcaram sua luta, o que o enraivecia muito. Sua primeira luta profissional – porque não podia ser em sua cidade natal Seattle? Os outros artistas de sua banda, Os Centauros, poderiam vê-lo chutando uns traseiros e fazendo fama. Inferno, talvez até seus pais pirados poderiam aparecer – coisas estranhas tem acontecido ultimamente. Aqui em Mobile, pensava, ele não conhecia ninguém. Ele estava só. Até mesmo seu sensei, Shimizu, não estava aqui.

Nick levantou sua cabeça pensativo. Ele terá um monte de coisas para contar quando voltar ao dojô de Shimizu em Seattle. O velho sensei não achava que Nick estivesse preparado para o circuito oficial. Ao menos deveria ter treinado mais um ano antes de sua primeira luta profissional, o velho homem disse. Um ano? Um ano idiota? Isto era uma eternidade! Nick sabia que estava preparado e sabia que podia dar o seu melhor aqui, nesta luta.

Treinamento, katas e sparring são ótimos. Porém nada pode superar a experiência adquirida em um combate de verdade. Então, quando o promotor do evento contatou-o diretamente, e não através de Shimizu – que maravilha – ele se ofereci para lutar na Arena Mobile. Por alguns minutos ele discutiu com Shimizu sobre a viagem, mas ele acabou cedendo e até organizou os preparativos.

O organizador, J.J. Weller, o aguardou no aeroporto. Ele era um grande homem, vestido de preto, com um cabelo loiro rebelde e arrepiado e usando correntes de prata. Ele está sempre fazendo gracinhas e rindo de piadas que Nick não consegue entender. Quando Nick pergunta o que há de tão engraçado ele torce o nariz. Em outra ocasião, Nick deixaria-o falando sozinho e ia embora. Mas estava aqui a negócios. Era o que dizia a si mesmo.

Então aqui está ele. No vestiário da Arena de Mobile, Alabama. Ele pode ouvir a platéia, sua platéia: o barulho ensurdecedor de vozes, muitos passos, gritos de excitação e fúria; barulhos que somente poderiam ser feitos por milhares de pessoas.

A porta rapidamente abriu, e J.J. botou sua cabeça para dentro. Seu cabelo estava mais rebelde e desordenado do que de costume (excesso de spray pra cabelo, Nick pensou.) Pronto?

Nasci pronto, Nick disse.

Weller ficou quieto. Você enfrentará O Cajun dentro de alguns minutos. O empresário disse, mas nós podemos muito bem deixar seus fãs verem-no um pouco antes da batalha.

Tá’ certo.

Aqui está outra desvantagem em lutar em Mobile, Nick era obrigado a seguir Weller através do corredor de concreto. Se a luta fosse em Seattle, ele teria tido uma chance de escapar fora de seu oponente. Aqui? Sem chance. “O Cajun”? Que diabos era ele? Que estilo ele luta? Quais truques e combos ele sabe? Com certeza ele não é da divisão Tradicional, deve ser de alguma outra. Shimizu não aprovava outras divisões, e “O Cajun” provavelmente não usa estilos formais. Inferno, aquilo estava chateando Nick. Ele podia estar lutando – e vencendo – muito antes de ele saber coisas como estilos formais. Tudo seu mestre figurava, não há muito fora daqui que podia surprêende-lo.

Weller bateu a mão no ombro de Nick reassegurando e gesticulando para ele seguir em frente. Por um momento, Nick hesitou. Então ele deu de ombros e se meteu no último e escuro corredor com luzes brilhante no fim. Como aqueles sábios dizem sobre morrer e renascer, ele pensou, hoje é o fim de minha velha vida e início de uma nova. Ele emergiu de um tunel…

Seus joelhos se paralisaram. Weller tinha dito a ele que a casa estava cheia – 18.000 pessoas e aumentando. Ele pensou que sabia o que isto significava.

Sem chance de enlouquecer. Ele já tinha visto grandes platéias, mas somente na tv. Na tv você não pode realmente ouvir o povo, não pode cheirá-lo e certamente não pode senti-lo. Ainda mais importante, cada um destes 18.000 estava olhando para ele. Ele sentiu a sensação dos olhos sobre ele, como uma carga elétrica atravessando seu corpo. Quando reconheceramno quando o povo viu que era um dos lutadores da noite – a platéia rugiu, e o som bateu em seu corpo como uma onda do oceano.

Eu tenho que vencer. O pensamento chocou nele com intensidade. Este é meu dia. No impulso, Nick tirou seu boné de baseball (o único com o logo de sua banda) e jogou-o na platéia. Ele riu alto enquanto assistia o povo se matar pelo boné. Aqui é onde eu quero estar.

Nick subiu ao ringue, no calor das luzes, e aguardou. Ele não precisou aguardar muito. Ele ouviu o anunciante gritar Doce casa de Alabama ou algum recado como este. Então sua voz reverberou através da arena. Senhoras e senhores, isto é o que vocês estão esperando. Estão preparados para o maior evento da tarde?

A platéia ama isso, Nick pensou confuso, eu imagino que até o inferno seja um lugar melhor que esse. Nick notou que a maioria dos gritos era do lado do oponente. Esta é Mobile, ele lembrou-se a si mesmo, não estou em casa.

O narrador continuou seu discurso. Senhoras e senhores, esta é uma luta no estilo livre. Sem armas, sem manobras letais e sem mordidas! Ele proferiu as últimas palavras como uma piada, e a platéia rugiu em um riso de aprovação. Nick, tremeu. Eu perdi alguma coisa?

No canto azul, o narrador falou alto, em sua primeira batalha profissional pelo circuito, do playground de Evergreen… Nick Fontaaaana!

Nick foi bombardeado pelos gritos, engrandecendo-o, sentindo sua energia subir para os músculos e como se seus reflexos ficassem ainda melhores. É para isto que eu nasci, ele disse a si mesmo. Tudo que se passou até agora foi apenas treinamento.

E no canto vermelho, o narrador continuou, o favorito local. Vocês já o viram neste ringue antes, e vocês o verão novamente. Seu recorde é de 72 vitórias – 51 por nocautes! – 14 derrotas e nenhum empate.

Espere um pouco! Nick pensou, saindo de seu delírio repentinamente. 72 vitórias, 51 por nocaute? Ele olhou ferozmente para Weller, que estava parado ao lado do ringue. O promotor olhou para ele e deu de ombros.

Sim? Bem, nós veremos.

O narrador ainda não terminou, Ele é um dos maiores lutadores do circuito internacional, da Divisão Livre. Você o conhece, você o ama e aqui está ele: Ragin Cajun!!!

Os gritos anteriores ficaram ensurdecedores, mas agora eles causavam dor a Nick. O som da platéia entusiasmada batia de encontro a Nick como pancadas: Ca-jun! Ca-jun! Ca-jun!.

Do topo da arena, os holofotes deixaram de iluminar Nick e se projetaram na direção oposta, para a entrada de um túnel similar ao que Nick entrou. Algo moveu-se lá dentro e veio para a luz.

Mas que diabos é aquilo?

Ele parecia com uma brincadeira sem graça, um refugiado de um filme barato de terror. Ele tinha a altura de um homem, caminhava altivo balançando seus braçoz e pernas, assim como um humano também. Mas ele não era humano, era algo que Nick não conseguia discernir. ele parecia como…

Ele parecia com um homem-crocodilo, treinado para caminhar sobre as duas pernas, usando sua cauda para balancear o peso do seu tronco. Mas não era um crocodilo como os que Nick já vira nos zoológicos, ele tinha músculos em seus braços e pernas como os halterofilistas profissionais. Além disso nenhum crocodilo usaria um maiô de luta-livre colorido daquela maneira. Não, aquilo não era um crocodilo. Mas também não era um humano. Algum tipo de cruzamento? Algum experimento genético daqueles que você ouve falar na televisão e nos jornais?

Independente do que era, a platéia o amava. Eles gritavam. Eles cantavam. Eles faziam “olas”. E o crocodilo adorava cada minuto de ovação. Ele esticava suas grandes mãos acima da cabeça vitorioso, enquanto circulava pelo ringue. Sua boca estava aberta em algo que lembrava um crocodilo-sorrindo (?) com suas dezenas de dentes à mostra.

Mas que diabos é isto, Nick pensava. Ele atravessou o ringue, permanecendo o mais longe que podia daquela aberração, até onde Weller estava. Mas que diabo de aberração é aquela? ele exigiu saber. Ele nem é humano!

Weller sorriu. Mas desta vez não era uma risadinha irônica. Na verdade, havia algo novo no sorriso que Nick não gostava. Aquilo é seu oponente garoto, o promotor disse. Aquilo é o Cajun.

Nick jogou outro olhar para a coisa-crocodilo cheia de dentes e tomou sua decisão. Você não disse nada sobre isso, ele disse firmemente, cruzando seus braços sobre o peito.

Weller desaprovou. Você não perguntou, ele apontou para Nick de uma forma irritante. Eu lhe ofereci uma luta. Você aceitou-a. Fim da história.

Fim da história coisa nenhuma! Nick respondeu de volta. Você me ofereceu uma luta justa, não

O promotor o cortou. Nunca disse nada sobre uma luta justa, garotinho, ele disse friamente. Perguntei a você se você queria uma luta ao estilo livre. Você disse sim. Você assinou o contrato. J.J. chegou perto de Nick, tão perto que ele podia ouvir sua respiração. Eu acho que você não vai querer desitir agora garotinho, ele repreendeu. Seu nome está no contrato, seu nome está nas faixas. Inferno, seu nome está no telão. Você está na arena, pessoas vieram até aqui e pagaram um bom dinheiro para ver você lutar. E você irá. Você fez um acordo, agora você deve cumpri-lo.

O acordo já era! Nick disse apontando o dedo para o peito de Weller.

Não é assim de onde eu venho, garoto, o promotor disse calmamente, Você está escalado para lutar com o Cajun, nem que ele tenha que te perseguir até o vestiário e arrastá-lo de volta esperneando e gritando. Que inferno, garoto, ele ria, olhe para esta platéia! Você acha que eles irão embora antes de ver algum de vocês beijar a lona? A voz de Weller começava a soar como o silvo de uma cobra. Você pode ir se quiser. Mas pense um pouco, esta é uma luta com regras. Hey, quem sabe, talvez você derrote o cajun, huh? Mesmo que você perca, existem nas regras. Não pode ser assim tão ruim. Você ganha o dinheiro, pega seu nome e dá o fora daqui. Da próxima vez você arranja uma luta mais próxima do seu nível. Você não será um covarde ao menos. Por outro lado…

J.J. balançou a cabeça. Por outro lado, você manda pro inferno o acordo, então nós mandamos pro inferno as regras! O Cajun irá acabar contigo, e ele não irá parar até se cansar. Talvez ele tenha piedade, ou talvez arranque seu braço, isto não importa nem pra ele nem pra mim. Você não possuirá um contrato para te defender, então não ganha dinheiro. E você nunca mais conseguirá que outro promotor negocie com um lutador que quebra contratos. Escolha garoto, Weller terminou calmamente. Mas não demore muito, huh? Com isto, ele deu de ombros e saiu caminhando.

Por um momento Nick pensou sobre tudo que Weller dissera. Inferno, weller era grande, mas ele não era dois – ele poderia destruir o empresário se pusesse as mãos nele.

Cajun e Weller

Mas ele segurou a si mesmo. Ele ficaria muito satisfeito em chutar a bunda de Weller, mas isto iria arruinra sua carreira. Parte de seu cérebro o congratulava por ele estar pensando como um profissional, o profissional que ele queria ser um dia. E era exatamente isto que ele não tinha feito até agora, agir com profissionalismo. Isto foi tudo do que Weller falou até agora sem usar a palavra em si. Nick agiu como um moleque, ao aceitar um contrato sem saber mais informações a respeito da luta, no mínimo deveria saber contra quem ou contra o quê ele iria lutar.

Não, ele não havia agido como um profissional até agora. Agora ele tinha uma escolha: seguir com seu acordo e provavelmente ser derrotado, mas derrotado como um Street Fighter profissional; ou desistir e aguentar a fúria do Cajun, vendo sua carreira se esvair junto com seu sangue pela arena.

Com um frio, e irônico sorriso. Nick foi até o centro do ringue e assumiu sua posição de combate. O Cajun se virou para ele e flexionou seus músculos. Medo percorreu o corpo de Nick. Mas profissionais não sentem medo, ou sentem? Claro, eles devem senti-lo, mas não deixam que o medo os controle. Isto é o que realmente significa ser um lutador profissional.

Nick engoliu em seco e esforçou-se ao máximo para pôr um sorriso no rosto. Eu tenho algo para você, seu filho-da-mãe de sangue-frio! ele escarneou, alto o bastante para ser ouvido pela platéia. Venha me pegar, se você conseguir sua aberração!

E assim a batalha iniciou.


Este conto foi escrito por Nigel Findley e é parte integrante do livro Street Fighter RPG: Guia do Jogador, disponível na seção de Livros Oficiais.

Stray

Em construção…

Zangief1

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STRAY

FFT boss, so there’s no bio.

Final Fight Tough: Stray’s in some sort of industrial computer complex. I
think his job is to guard the computers for the Skull Cross Gang or
something, because you can either skip fighting him entirely by taking a
special route and destroying all the computers there, or after you beat
him, there’s a bonus stage where you have to destroy a computer. Anyways,
this is the second-to-last boss in FFT. [from the game]

Where he is now: Annoyed at you if you skip fighting him entirely? *shrugs*

Miscellaneous Facts and Notes

He’s a guy in a trench coat with spiked knuckles. He has insane reach,
speed, and power, and is always running and jumping all over the place.
Reminds me of fighting Balrog in the original SF2 without the fence.

The trench coat is green of all things. Combined with his shades,
purple gloves, pants, and even purple hair, Stray seems to have an
eccentric taste in fashion. Oh, and he rides a construction hook over to
you before fighting you.

stray

Marshall Black

Em construção…

Zangief1

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sketchcard_final_fight_black_by_fedde-d4rweby

BLACK

FFT boss and the final one, but still there’s no bio for him.

Final Fight Tough: Black is the leader of the Skull Cross Gang. For some
reason, he’s in jail, though a riot staged by Dave caused a distraction
that allowed his gang to break him out of jail. Things finally come to a
showdown with Haggar and co on top of Metro City’s tallest building when
Black greets them by leaping onto the roof from his helicopter to confront
them. However, he eventually got knocked into a (really randomly placed)
high voltage electrical power generator, promptly resulting in him getting
electrocuted then said generator exploding, taking the entire top area of
the building with it. Haggar and his friends escaped, most likely by
stealing Black’s helicopter. [from the game]

Where he is now: Well, being electrocuted then blown up usually tends to
make one lose that little thing we like to call “life”, so…

Miscellaneous Facts and Notes

Lots of similarities to Rolento. Like Rolento, he has a helicopter,
he’s an army guy, and also has knives plus a baton as well. Unlike Rolento,
he gets electrocuted after the fight with him, but like Rolento, he gets blown
up (albeit not by grenades, unlike Rolento). Rolento, however, is still alive
and kicking, unlike Black. Sucks (or rather, sucked) to be him.

marshall-black

Wong

Em construção…

Zangief1

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sketchcard_final_fight_wong_by_fedde-d4rwe4l

WONG

An FFT boss. As usual, there’s no bio. He’s gotta be Japanese.

Final Fight Tough: Either the fourth boss you fight (after Caine) or a
possible mid-boss you fight if you take a certain path after beating
Drake. He’s a Skull Cross member you fight… in a kitchen. [from the
game]

Where he is now: Whoosh!

Miscellaneous Facts and Notes

He’s a monk. With robes and prayer beads. Not much else to say.

wong-cenes

Blade (Gunloc)

blade

Blade (ブレード, Burēdo?) é um personagem do jogo Street Fighter: The Movie. Ele e seus “clones” Arkane, Kyber e F7, são personagens exclusivos desta série, além de Captain Sawada.

Blade é um cyborg trabalhando para o ditador M. Bison (os chamados Bison Troopers). Ele foi um dos quatro soldados de Bison a serem experimentados e transformados em ciborgues. Sua missão é eliminar Guile e suas forças (A.N.). Na realidade, há rumores que Blade seja na verdade Gunloc (personagem do jogo de luta livre Saturday Night Slam Masters), irmão de Guile que estava em uma missão secreta para descobrir mais sobre a Shadaloo e foi capturado.

Na batalha, Blade usa ataques que envolvem facas e tazers. O estilo de luta de Blade é comparado a vários personagens da série Mortal Kombat. Os ciborgues, como um todo, são semelhantes na aparência, mas tinham uniformes de cores diferenciadas, semelhantes aos ninjas Scorpion, Sub-Zero, Reptile, etc. Nas versões para videogames domésticos de Street Fighter: The Movie, a Capcom retirou os cyborgs.

SF Movie

Drake

Em construção…

Zangief1

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drake

DRAKE

An FFT boss. They don’t have bios.

Final Fight Tough: A Skull Cross member, Drake is a possible third boss you
fight (and the one you fight on the way to get the ‘best’ ending). He’s in
charge of smuggling weapons for some mysterious company called The Sims.
[from the game]

Where he is now: Hmm.

Miscellaneous Facts and Notes

He’s a sailor you fight on his boat.

…what the heck are The Sims anyways? They’re just mentioned after
you beat Drake and that’s that, but something must have been important
because stopping their weapon shipment lets you get a ‘better’ ending where
everyone comments that their job is done (as opposed to the alternative of
feeling like their job isn’t done).

Caine

Em construção…

Zangief1

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sketchcard_final_fight_caine_by_fedde-d4rs82o

CAINE

An FFT boss. FFT bosses don’t have bios to my knowledge.

Final Fight Tough: Caine’s a possible third boss that you fight if you take
the bus on the third stage. He’s fought in a scrap dump. However, to get
what is probably the best ending, you skip right past him and never fight
him at all. [from the game]

Where he is now: Wondering why Capcom doesn’t give him any love like they
did for the Final Fight 1 bosses? Dunno.

Miscellaneous Facts and Notes

He’s a mechanic. With goggles and a wrench. A wrench that he pokes
you with. Which… seems to be the only thing he does.

FF3Caine